Meningite: Com um aumento de 136% no número de casos, Bahia vive surto da doença

Foto: Divulgação

Dados divulgados pelas autoridades de saúde baianas mostram um aumento exponencial no número de casos de meningite. Considerado como um surto pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o crescimento foi de 136%, se comparado aos números registrados no ano passado.

Causada geralmente por uma infecção – seja bacteriana, viral ou decorrente de outras etiologias -, a meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode acometer indivíduos de qualquer idade e ocorrer em qualquer período do ano.

Conforme apontou a Sesab, o quantitativo de ocorrências da doença na Bahia saltou de 105 casos e 21 mortes, em 2021, para os 248 casos e 43 óbitos registrados até o último dia 28 de setembro.

As informações divulgadas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) do órgão estadual ao longo do ano já apontavam para um crescimento progressivo nos índices relacionados com o agravo. Em março, o primeiro boletim epidemiológico mostrava que havia 23 casos e 3 mortes. Meses depois, em maio, o quadro epidemiológico era de 56 registros e 11 vítimas.

Em ambos os comunicados, a região Sudoeste foi o território com maior incidência. No primeiro o público de 10 a 14 anos foi o que mostrou ser o mais afetado, considerando a incidência (de 0,14/100 mil habitantes). Já o coeficiente do segundo (superior a 0,4/100 mil habitantes) foi maior entre os de idade igual ou inferior a 1 ano.

Na avaliação da secretaria da Saúde, o retorno à vida normal após a crise sanitária da Covid-19 potencializou o risco de transmissão de diversas doenças, entre elas a meningite. A baixa imunização também seria um ponto facilitador para a circulação da doença, de acordo com a Sesab.

A vacinação, aliás, é considerada como a forma mais eficaz na prevenção da doença. Na rede pública estão disponíveis para crianças menores de 1 ano e até 4 anos as vacinas Pneumocócica 10 Valente conjugada, Meningocócica C conjugada, Pentavalente e BCG, que protegem contra alguns tipos de meningite bacteriana.

Desde 2020, o Ministério da Saúde está disponibilizando a vacina meningocócica quadrivalente (ACWY) para os adolescentes de 11 a 12 anos e, a partir de junho de 2022, foi recomendada para os trabalhadores da saúde. Também são ofertadas, nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE), vacinas contra meningite para grupos específicos.


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