José Carlos Britto de Lacerda comenta início da campanha eleitoral em Ipiaú

 

Agência Brasil

Estação da caça 

Inicia-se a “estação da caça”. Homens, mulheres, isolados ou em grupos, de avenida em avenida, de beco em beco, de praça em praça, de travessa em travessa, de rua em rua, de casa em casa apresentando-se, identificando-se, qualificando-se, oferecendo, com o objetivo da conquista de sufrágios, sonhando ganhar eleição e conquistar postos.

Argumentações diversas, desde o histórico de bons serviços prestados, passando pelas condições intelectuais, morais, filosóficas, ideológicas, oferecimentos individuais, coletivos, promessas (muitas vezes absurdas) desgarantidas, tudo empregado no escopo de alcançar apoio, simpatia, voto.

É a “história” repetindo-se, antes a cada quatro, atualmente a cada dois anos, em que a um povo predominantemente alienado são oferecidas opções (quase nunca as melhores) de escolha de pessoas para legislar ou administrar.

Muitos põem “em mercado” suas consciências, delas abdicando em troca de calçados, materiais de construção, roupas, comida, ferramentas ou, até de matérias nocivas e viciantes. E isto se repete inexoravelmente década após década, século após século.

Não têm nem terão direito de reclamar contra o cáos que contribuem para instalar e manter. Excesso de cargos altamente remunerados e ocupados por “afilhados”; obras faraônicas, desplanejadas, objetivando somente o endeusamento de alguns, nunca o bem estar da comunidade; extensão irracional de filas de atendimento de qualquer pretensão por qualquer pessoa; insuficiência de recursos (dinheiro) para custear a eficiência dos serviços públicos, essenciais.

Desfraldar bandeira com alegação e informação de eu ter trabalhado, de ter construído, de ter procedido corretamente no exercício de um cargo, não deveria ser meio de convencer as pessoas a votarem em meu apoiado, ou apresentado, porque exercer um cargo, trabalhar, construir, proceder correta e honestamente é “obrigação”, e “dever” e não faculdade ou opção. E ninguém deve ser premiado por cumprir sua obrigação, seu dever, salvo se para isto tiver que se submeter a sacrifício, expor-se a graves riscos, o que não acontece em caso de exercício de cargos e funções.

José Carlos Britto de Lacerda é advogado ipiauense 


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