No momento em que contabilizamos cinco dias sem o abastecimento regular de água potável em Ipiaú, em meio a, provavelmente, maior crise humanitária desde a emancipação do município, milhares de pessoas gritam por água na torneira.
Não se pode admitir que uma cidade do porte de Ipiaú, hoje um polo regional, permaneça quase uma semana sem que a comunidade tenha acesso a água para beber e ainda seja obrigada, em alguns casos, a pagar por três, até quatro vezes o valor do produto em galões de água mineral.
É preciso descobrir a origem do problema, primeiramente lembrando que as faltas de água em Ipiaú são recorrentes e tem acontecido bem antes do período das inundações, praticamente todas as semanas, com diferentes justificativas técnicas.
Se o equipamento de captação de água da Embasa está submerso na cheia do Rio das Contas, há de se perguntar se a cidade não dispõe de equipamento flutuante para fazer a captação ou, se dispõe, porque não foi instalado.
A Empresa Baiana de Águas e Saneamento é dotada de excelentes equipes de cobrança mas não dispõe de uma equipe com a mesma eficiência para dar suporte e manutenção ao seu equipamento?
Que o poder Legislativo, que tem por função primordial fiscalizar a conduta pública no município, faça uma análise criteriosa desse serviço e uma auditoria com suporte técnico para identificar a questão em profundidade, visando levar a reivindicação popular às mais diversas esferas do poder.
Afinal, do jeito que está não pode ficar.
Ipiaú Online/ Celso Rommel
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