O urbanista ipiauense arquiteto Elson Andrade nos traz nesta edição, uma reflexão acerca do rendimento básico dos trabalhadores celetistas, versus o custo dos mesmo, às empresa contratantes.
Quanto custa registrar um funcionário pela CLT? (Consolidação das Leis do trabalho).
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas em colaboração com a Confederação Nacional das Indústrias, um funcionário pode custar até 189% do seu salário bruto para a empresa. A depender ainda dos custos locais de alimentação, transportes, sindicato… esse número pode passar dos 200%, conforme a cidade e acesso a serviços coletivos disponíveis na região. Isso sem contar os custos de seleção, capacitação e treinamento.
Nesse contexto, o salário propriamente dito representa aproximadamente 32% desse custo total, no contracheque. Pouco para quem recebe parte dos custos, à vista. Muito, para quem tem que pagar tudo até o encerramento e resolução do contrato de trabalho.
Os outros 68% são atribuídos das obrigações sociais, como: INCRA, Sistema S, Sindicatos, FGTS e INSS, e demais encargos trabalhistas, como vale-transporte e 13º salário, entre outros exemplos.
Esses valores demonstram o panorama dos custos associados, envolvidos numa contratação de funcionários pelas as empresas, no Brasil.
Portanto, o que é verdadeiro?
1) O trabalhador ganha pouco?
2) O trabalhador custa muito?
3) O que de fato tem feito, os governos e os sindicatos, no meio deste imbróglio?
4) Por que a PJotização é tão combatida no Brasil, pelos governos de esquerda?
5) O trabalhador brasileiro tem ciência e consciência das questões coletivas?
6) Quanto tem custado ao trabalhador e ao povo brasileiro, a falta de inteligência coletiva e o associativismo programático-sistêmico?
Para piorar a situação da fábrica de pobres, maior fábrica atuante no Brasil… a carga tributária total, é cerca de 34% da riqueza produzida anualmente no país, com preços recheados de impostos, taxas e contribuições, embutidos nos preços dos bens e serviços, predominantemente, produzidos em cidades e/ou regiões, mais ricas do país.
Daí ficam as perguntas:
1) Favelas é um fenômeno natural, ou, fruto consequente do sistema socioeconômico-governamental?
2) Quando uma empresa fatura um serviço, e para tanto, emite uma nota fiscal, para auferir os recursos, para pagar a mão de obra dos seus funcionários, isso pode ser considerado matematicamente, uma bitributação (tributos reincidentes sobre encargos governamentais)?
3) Por que o Brasil continua sendo um país rico, com uma indústria de geração de pobreza sistêmica?
4) Nesse jogo de empurra, passa e repassa, quem PAGA e quem por fim e ao cabo ARCA, com a carga tributária e previdenciária deste país? (relativizar a territorialidade e as classes sociais).
5) Se as regiões pobres e pouco desenvolvidas, tem um FMP (Fundo de Participação dos Municípios) inversamente proporcional a sua população e o PIB Per Capto, com transferências financeiras, Federais e Estaduais, cada vez mais “polpudas”… quem está bancando quem, e na mão de quais membro da sociedade, tem ido parar essa montanha de dinheiro, cada vez mais escritural, pouco transparente?
Nota:
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Da redação: Elson Andrade – que é ipiauense arquiteto, urbanista, empresário desenvolvimentista, pós-graduado pelo Instituto de Economia da Unicamp.
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