Elson Andrade: A eterna infantilidade eleitoral brasileira

Charge Reprodução: https://br.pinterest.com

No interior do país, em especial no sul da Bahia, o Período Eleitoral, é denominado pelos cidadãos mais simples, como sendo a Época da Política!

Período imediato pré-eleitoral em que é abundante e até abusiva a postagem raivosa de “Fake News” pra lá, carro de som barulhento pra cá, programas tendenciosos de rádio, TV e internet distribuídas por algoritmos carregados de “Inteligência Artificial” direcional aglutinativa segregacionista, mega showmício disfarçado de Festa Junina, candidatos e mais candidatos, cabos eleitorais, todos rondando a sua porta… Como diria Dona Maria de Seu Filó: – “É Época em que aparecem políticos e puxa-sacos interesseiros e de aluguel, a dar no meio da canela. Passou as eleições, dão no pé”.

Numa era em que a Economia Financeira, já engoliu a relativa-minúscula Economia Real, qual deve ser enfim, a Época certa e proveitosa para se debater a boa e velha política, em especial a denominada socioeconômica?

Diante do quadro, exclamaria o Seu Filó: – “Prorgunta difíiiiici, que em tempo de carestia exorbitante, proposital e fake news digital dirigida, robotizada, transnacional, distribuída em massa aos grupos induzidos forçadamente à “oposição”… carece de muita sabedoria e profundeza na resposta”.

Desafio dado, não fugiremos a ela.

Inspirem forte oxigênio aos pulmões da sabedoria popular e vamos a ela, no bom e didático modo de contar causos do velho amigo-exemplo, Rolando Boldrin; naveguemos todos pela estória em que uma turma foi passar uma temporada de férias numa casa de praia.

Politicamente falando: Tinha de tudo, vereador analfabeto, prefeito bem e mal-intencionado, banqueiro, bancário, pastor evangélico pedagista dos 10%, godelas profissionais oferecendo fraudulentas inscrições no Bolsa Família, BPC e aposentadoria rural falsa, dona de casa, crianças e velhos… Espectro dum retalho da nossa sociedade econômica.

As cenas se passavam em: de dia irem à praia, e a noite, jogar baralho até altas horas da madrugada. No meio do povo, um menino curioso, assustador que só, logo pegou o jogo de carta do baralho, examinando-o, contou as tais cartas, uma a uma. Tinham 52 cartas. Pois bem!

Na manhã seguinte, após a terceira noite de jogatina, ele percebeu que a turma jogava, cada um com sua estratégia, treitas e combinações entre parceiros, em piscadela de olho entre si, tudo conforme se formavam os grupos “rivais de cada jogo e jogada”. Foi daí que bateu aquela curiosidade de ler o que eles anotavam numa cadernetinha de canto, onde os ganhadores anotavam os resultados das partidas.

– Que estranho, como pode, ter um jogador com 2.650 pontos, outro com 326 em meio a tantos outros, miúdos com 5 pontos; se aquele jogo de cartas tem apenas 52 cartas?

Foi aí que o curioso recorreu ao contemporâneo e recorrente método de investigação – o Google!!! Passou a pesquisar – Qual a diferença entre cartas e a pontuação resultante num jogo de baralho – Logo encontrou indícios de que as cartas de baralho surgiram na [China] (abnegada existência desta civilização, tanto no Novo, quanto no Velho Testamento), por volta do século X a.C. Busca vai, busca vem… acabou encontrando no YouTube e consequentemente assistindo as 76 aulas do professor de Economia da USP, Dr. João Sayad, dentro do curso Moedas e Bancos. Bem como, tomou ciência do conteúdo do que vem a conferir a força por trás duma Moeda Nacional: no artigo do site https://ipiauonline.com.br/economia-politica-a-forca-do-dinheiro-esta-na-expressao-potencial-da-violencia/.

Não se contendo de tanta animosidade dado a um mundo de revelações acerca do tema real, percebeu, que há uma flagrante distinção entre Moeda (carta) e Dinheiro (pontuação do jogo) tudo anotado numa simples cadernetinha, ou, estruturado e legalizado por um complô de países, via contabilidades bancárias (vide Acordos de Bretton Woods e de Basileia e seus elementos desconhecidos pela maioria, dado às técnicas e treitas ali intrínsecas).

Gráfico produção própria – base de dados públicos do BCB

Por fim, após importantes e estruturais revelações, ficou claro ao leigo que no fundo, a Política, o Dinheiro, o Direito, as Ideologias, os Estados Nacionais, as Forças Policiais… são faces da mesma moeda. Tudo faz parte de um mesmo e grande jogo velado, de ganhadores as custas de perdedores, em jogadas combinadas, sustentadas, conforme seus interesses imediatos, grupos, circunstâncias aparentes e latentes, fruto de agremiações em composições temporais e locais, supostamente de lados opostos, no tabuleiros do jogo maior, jogado cotidianamente, seja de forma tácita, velada, ou até mesmo combinadas em sociedades “secretas” e/ou eleitas.

O valor do dinheiro, das apropriações e concentrações patrimoniais, atualmente, a maior parte dela abstrata, é sustentada por um jogo que conta com o monopólio da violência exercido do poder político instituído pelos Estados Nacionais, via regras de dominação de uns poucos sobre a maioria, estruturados e mantidos via imposição garantida pelo Direito, pelo monopólio das Instituições oficiais, sustentadas econômico e ideologicamente por ilusões, propaganda político-eleitoral e promessas falsamente democráticas, dispostas no tempo e lugar combinadas.

Se todo o poder emana do povo, como considerá-lo imbecil tácito, afastá-lo das decisões mais importantes, quando cinicamente conseguem, há séculos, atribuir-lhe responsabilidade no cumprir, e, afastá-lo das benesses da produção fruto do jogo?

No mais, dizer que sempre couberam aos [Bodes Expiatórios], esconder, disfarçar aquilo que passa diante dos nossos olhos, sem que consigamos enxergar tamanha trapaça, versus aquilo que se produz, com a força alheia e que por fim e ao cabo, são apropriadas contabilmente, noutras mãos e lugares.

Foto Reprodução: https://super.abril.com.br/ Foto reprodução: Pátria Latina

De onde vem a expressão Bode Expiatório?

“A figura de linguagem, tem origem religiosa, nas cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação que acontecia na época do Templo de Jerusalém, um pobre animal era escolhido para ser apartado do rebanho e deixado ao relento na natureza selvagem como sacrifício, (supostamente a fim de agradar a Deus em súplica de perdão) simbolicamente levando consigo todos os pecados da comunidade para serem expiados. Na Bíblia, essa cerimônia é descrita no livro do Levítico.

Na teologia cristã, a figura do bode expiatório é um simbolismo para o sacrifício de Jesus, que deu a vida para salvar o mundo dos seus pecados. Hoje em dia a expressão perdeu sua carga religiosa, e é usada para descrever aquela pessoa que é escolhida, muitas vezes injustamente, para levar toda a culpa em situações em que as coisas não deram muito certo.”

Ou, que se queira sorrateiramente, atribuir a outrem sistematicamente, o que na verdade eles próprios, os ganhadores do jogo, praticaram tais pecados, em faltas graves desconsideradas e/ou anuladas, na forma da lei.

Portanto, não há uma época propriamente certa ou errada, para o exercício da Política Maior. Tudo está o tempo todo em questão num grande jogo. Cabe ao cidadão-econômicus conhecer as regras, delegar só o que lhe seja viável delegar, batalhar por seu lugar ao sol, sem lesão aos demais, diuturnamente, sem se perder, ou gastar a vida com bobagens alheias ou que não lhe tragam resultados certos, justos, honestos e objetivos.

Como diria meu irmão mais velho e soberanamente canhoto: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. (Mateus 13 e Lucas 8;13).
Para os mais astutos, sugiro assistirem ao vídeo abaixo, como reflexão complementar a leitura.


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