Eleições municipais 2020: A eterna infantilidade eleitoral brasileira

 

Ser eleito sem debater com a comunidade (cidadãos contribuintes) as propostas de Políticas Públicas Perenes, a cada pasta de governo: Saúde, educação, saneamento… reduzindo tudo a uma insana disputa de pesquisa eleitoral, marqueteira autopromocional, falsidade ideológica, militar subalterna, familiar tradicional de cabresto, ou, preferência por grupo político cooptado em favores mútuos… É equiparado a um Estelionato Eleitoral.

Pior que isso, é o descaso da própria população com o processo eleitoral em si. Mesmo diante da histórica conquista do direito do sufrágio, em oportunidade eleitoral num exercício republicano que lhe é conferido, depois dum longo processo político travado à séculos, conquistado a duras penas e milhares de vidas, depois de superadas corruptas ditaduras, para que por fim, pudesse haver Democracia (governo do povo)… Tudo em vão.

Infelizmente, mas a tão sonhada Democracia e auto gestão, de certo modo definhou, e, a máquina pública virou terra de Senhor Ninguém. Quem acha encaixa na boca da borracha. Pirão pouco, o meu primeiro. Jacaré que vacila, vira bolsa de madame. Eu ganhei, agora faço o que bem quiser, não enche o saco dona oposição…

“Nada” levado a sério. Tudo acaba virando piada.

Ainda esta semana, acompahei um debate entre dois amigos ipiauenses, que tratavam acerca da EFETIVIDADE da “educação” pública municipal nas pequenas cidades… Como é de praxe, de um lado o que repetia a velha retórica superficial, que toda a desgraça socioeconômica a que estamos submetidos, advém da falta de Educação do povo.

E do outro lado, um profundo conhecedor dos números públicos, rebateu a afirmativa do amigo… e seguiu com sua tese: – Veja, nós já gastamos com “educação” mais do que qualquer outra pasta e o IDEB da nossa cidade continua uma vergonha.

A questão posta foi: – Se a Educação Formal Pública Estatal, fosse a salvação, por que então de fato não tem entregado tal resultado, mediante pesados e insustentáveis gastos… inqueriu.

E arrematou – A “educação” nas pequenas cidades, tem servido apenas  de desculpas esfarrapdas na prática de  altos gastos com a folha de pagamento de alguns professores amiguinhos, predominantemente de baixa qualificação, indicados pela base aliada…  Sem lograr Desenvolvimento Econômico de verdade, tudo resultará na geração consequente de jovens frustados, os quais, para serem úteis economicamente, serão obrigados ao êxodo para cidades grandes… Em verdade, estamos bancando a formação da mão de obra barata das grandes cidades, arrematou.

De fato, não é nada fácil produzir conhecimento quando o próprio cidadão não faz questão. Sequer percebe o que de fato está acontecendo.

Precisamos urgentemente despertar a cultura empreendora em nossos cidadãos e “gestores” públicos.

Tudo isso, aparentemente, se deve ao fato de 56% da população ipiauense em 2020, de forma velhaca-costumeira, ter recebido algum benefício viciante vindo do governo federal.

A prefeitura também tem dependido exageradamente, 82% do seu orçamento municipal, vem do governo federal e cerca de 12% vem do governo estadual, sem esforço!

Consequentemente, parece que estamos mesmo, cada vez mais submetidos a uma grande e crônica pandemia econômico-educacional-cultural e política.

Pirâmide de William Glaser:

Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar a leitura.

Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduado do Instituto de Economia da Unicamp.

https://www.youtube.com/watch?v=5O8ZmX43XJc

 


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