Após encerrar o terceiro trimestre no menor nível dos últimos oito anos, a taxa de desemprego no Brasil voltou a cair e era de 7,6% entre os meses de agosto e outubro, mostram informações divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A atualização mantém o volume de desocupados no mais baixo nível desde fevereiro de 2015 (7,5%). Para o trimestre encerrado em outubro, a taxa é a menor desde 2014, quando o total de desempregados era de 6,7%.
Mesmo com a sequência de queda iniciada no mês de março, 8,3 milhões de brasileiros ainda procuram, sem sucesso, por uma colocação no mercado de trabalho. O número corresponde a menos 261 mil (3,6%) pessoas em busca por emprego na comparação com o trimestre anterior.
Segundo os dados da pesquisa, 100,2 milhões de pessoas estão ocupadas no território nacional, o maior contingente de toda a série histórica, iniciada em 2012. O total é 0,9% maior que no trimestre anterior e 0,5% maior que o mesmo período do ano passado.
“A população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior”, explica Adriana Beringuy, coordenadora responsável pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Carteira assinada
No trimestre finalizado em outubro, o número de empregados formais no setor privado chegou a 37,4 milhões, o maior contingente desde janeiro de 2015, quando registrou 37,5 milhões. O número representa um crescimento de 1,6% (mais 587 mil) em comparação com os três meses anteriores e uma alta de 3% (mais 1,1 milhão de pessoas) no comparativo anual.
Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável e fechou em 13,3 milhões.
Para Adriana Beringuy, os dados revelam que tanto empregados como trabalhadores por conta própria “contribuíram para a expansão” da ocupação e queda do nível de desemprego entre os meses de agosto e outubro.
A pesquisa mostra ainda que o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas), o dos empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o dos empregados no setor público (12,1 milhões de pessoas) ficaram estáveis tanto na comparação trimestral quanto na interanual.
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