Muito tem se falado na mídia alugada, a serviço do Mercado Financeiro, acerca da questão do “recente” e preocupante nível crescente Déficit nas contas públicas do Governo Federal… Porém, qual a real situação das contas públicas federal em 2023?
Segundo informa a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), no 2º Trimestre de 2023, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral chegou a 8,3% do PIB, ante 4,1% do PIB no mesmo período do ano anterior.
Esse resultado se deve ao aumento nominal de 10,6% da despesa e de 0,8% da receita do Governo Geral em relação ao mesmo período de 2022.
A decomposição por esfera da necessidade de financiamento de 8,3% do PIB do Governo Geral indica que esse valor deriva da necessidade de financiamento do Governo Central (8,3% do PIB) e dos Governos Estaduais (0,4% do PIB), ao passo que os Governos Municipais apresentaram capacidade de financiamento (0,4% do PIB) no segundo trimestre de 2023.
Em termos de porcentagem do PIB, a receita diminuiu 2,6 pontos percentuais, em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 43,9% para 41,3% do PIB no 2º Trimestre de 2023. Esse resultado foi impulsionado pela redução da arrecadação de impostos, que passou de 24,9% do PIB para 23,8% do PIB, e de outras receitas, que passou de 9,2% do PIB para 7,5% do PIB sendo que nesta última as diminuições mais significativas ocorreram em concessões e dividendos do Governo Central. (União).
Abaixo, um gráfico ilustrativo, didático, que nos mostra, onde e quanto o governo federal tem alocado seus gastos do dinheiro público, oriundo dos impostos que pagamos, com tanto sacrifício.
A despesa total do Governo Geral totalizou 49,6% do PIB no 2º Trimestre de 2023, o que representa um aumento de 1,5 pontos percentuais, do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançou 48,1% do PIB.
Os gastos passaram de 47,9% do PIB no 2º trimestre de 2022 para 49,4% do PIB no mesmo trimestre de 2023, enquanto o investimento líquido passou de 0,12% do PIB para 0,11% do PIB, no mesmo período. No que se refere aos gastos, destaque para o crescimento de 2,0 pontos percentuais do PIB da despesa com benefícios previdenciários e assistenciais.
Por outro lado, houve uma queda nos gastos com juros (-1, ponto percentual do PIB). O resultado do investimento líquido em ativos não financeiros, por sua vez, é explicado pelo aumento nominal da aquisição de ativos não financeiros (10,5%) e do consumo de capital fixo (6,2%).
Analisando bem o gráfico abaixo, você enxerga alguma forma de libertação financeira do Estado brasileiros da mão desses dois grandes grupos, beneficiária-destinatário (sequestradores do dinheiro público) que consomem juntos a maior parte do dinheiro oriundo dos impostos que pagamos, com tanto sacrifício?
As opiniões expressas nos vídeos a seguir, são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores. Todos os vídeos são públicos e estão disponíveis na plataforma do YouTube.
Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar a leitura.
Signatário: Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós-graduado pelo Instituto de Economia da Unicamp.
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