O Governo da Bahia informou, nesta quinta-feira (2), que vai enviar profissionais de saúde para reforçar o atendimento à população indígena Yanomami na cidade de Boa Vista, em Roraima. Os indígenas vivem uma situação de crise humanitária, com a ação de garimpeiros e suposta omissão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os baianos partem para Boa Vista na próxima sexta-feira (3), e devem permanecer no local até o dia 17 de fevereiro.
No território, são relatados inúmeros casos de crianças, adultos e idosos em estado grave de saúde com desnutrição acentuada, malária e infecção respiratória aguda grave. Durante o governo Bolsonaro, ao menos 570 crianças Yanomami morreram, de acordo com dados divulgados pela ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara (Psol).
Em 16 de janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no território. Desde então, equipes da pasta e da Funai, entre outros órgãos, estão na região para elaborar um diagnóstico sobre a situação da saúde dos indígenas.
Profissionais
Com vasta experiência em missões humanitárias e em atendimentos em condições extremas, o médico baiano Ricardo Gouvea vai fazer parte das equipes que atuam na região. Especialista em gestão de emergência, Gouvea participou da criação da Força Nacional do SUS, em 2011, e já atuou em grandes missões de resgate como a que foi mobilizada para socorrer as vítimas do incêndio da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, e na assistência aos feridos vítimas das chuvas que atingiram o extremo sul da Bahia no final de 2021.
Os atendimentos também contarão com o reforço do coordenador médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Itabuna, Walbert Alcoforado.
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