Supostamente, coloque-se no lugar de um juiz, na condição de julgador duma lide, entre as partes. Cada parte, naturalmente, produzirá, sustentará e representará em simulação ideológica, sua versão dos “fatos”. Inclusive, com produção seletiva das “provas”, baseado em suas próprias crenças e interesses.
Na posição e condição de juiz, este retrato cenográfico, arranjado pôr conta e risco das partes, ou ainda, por orientação de arrumação profissional dum advogado… a esta altura, a “verdade” produzida já estará embalada, prestes a enfrentar uma classificação matemática do processo decisório, via direito material, bem distante, e, na corda bamba, entre Direito e Justiça.
Por falar em Direito e Justiça, cabe ressaltar, que estes conceitos, embora aparentemente “próximos”, não se confundem! Direito vem do poder, principalmente do poder do Estado e suas classes operantes. Enquanto Justiça, vem da harmonia, da distribuição equânime emanada herdada de Deus; do eterno.
O Direito não é natural. É uma invenção humana imposta pelos vencedores, via Estado. A Justiça, vem do sagrado “in natura”. Ou seja, não daquilo que está, mas sim, daquele que É! Portanto, sempre foi e sempre será. Muito embora, o seu silêncio e isenção nos deixe, em muitos momentos em dúvida.
Afinal, uma das maiores mentiras expostas nas fachadas dos suntuosos prédios do judiciário, é a grafia: – Tribunal de Justiça. Quando na verdade, ali se trata, quando muito, da Casa do Direito, e ainda, subordinado as regras impessoais do código de processo e seus estratégicos recursos (saída pela tangente, quando ameaça a classe originalmente protegida).
Portanto, semanticamente nenhuma parte será capaz de oferecer a verdade a julgamento. Pois, cada uma das partes forja seu respectivo interesse na causa. Logo, só o todo, poderá trazer à luz ao caso real passado. Em outras palavras: Somente Deus, isento, na condição do Todo, é capaz de expressar a pura verdade. Somente o Todo é a Verdade! As partes, não passam de versões interessadas no ocorrido e na perspectiva da comprometida parte-versão.
Conta-se, que numa pequena cidade, um farmacêutico bem sucedido, ao fechar a farmácia num fim de expediente, já a altas horas da noite, indo para casa ofereceu carona a uma mocinha, que dizem – fazia a alegria dos desejos sexuais de muitos jovens viris… Vendo-se no direito de também fazer parte da festa, tocou com o carro para fora da cidade, numa estrada de terra, onde pretendia abusar da moça. Ela recusou. Afinal, ele tinha idade de ser seu pai, ou quem sabe avô. Irritado com a recusa, ele a abandonou na beira duma estrada, naquela fria madrugada.
Para se vingar, inconformada, ao amanhecer, a moça espalhou por toda a cidade, uma invenção de sua cabeça irada: E alardeou que havia flagrado, o até então heroico farmacêutico, com outro homem na cama. Bom, como ela mentiu para muitos, e, a tendência do ser humano é acreditar mais facilmente na desgraça do que na benesse… passadas décadas, até hoje, o povo ainda acredita que o algoz seja mesmo homossexual. Ou seja, quem mente para muitos, “fala a verdade”.
Assim, funciona a difusão das versões verdadeiras… Quem mente para muitos, “fala a verdade”! Qualquer grupo político, comercial, religioso… tem plena ciência disto. E estrutura seus planos de ação, a partir da construção de um sistema de comunicação que imponha a sua versão “vencedora” dos fatos. Daí, o inexplicado esperneio de certos grupos de comunicação, até ontem nadando de braçada, pagos para criarem versões da real situação político-econômica do país.
Em tempos de pandemia, diante duma suposta ameaça do alastramento generalizado do Covid-19, pipocam duvidas: O que de fato está acontecendo, qual o grau de risco real e a quem interessa a paralisia Econômica imposta? Teria algo maior por trás disso tudo, que ainda não nos damos conta?
Para muitos, não cabe agora levantar suspeitas, pois, seria automaticamente classificada como Teoria da Conspiração, pois o caso parece mesmo ser grave e real. Parece. É a versão que está com cotação em alta na bolsa de apostas das versões verdadeiras.
Obedientes a proposição, seguimos atônitos, sem grandes questionamentos acerca das provas, análises, comparativas e correlações usadas na construção desta versão-ação-desfecho.
No acumulado histórico econômico-financeiro, bem antes, já se registrava que havia “agendada” uma grande crise na correção da disparidade, insustentável, entre a Economia Real versus a Economia Financeira. Algo da ordem de mais de 4:1.
Corrigir com todo mundo olhando, de corpo nu… seria um desastre histórico irreparável. Na versão disfarçada, planejada, seria como estourar os fogos de Copacabana, num fim de ano, enquanto todos “naturalmente, se dispõem a esquecer do péssimo ano que passou e voltarem a depositarem suas esperanças num futuro, eternamente, disposto no altar das promessas, numa cena com enredo inteligentemente oportuno. Imagine… ameaçar veladamente o usufruto das “benesses” da Economia, no estágio e risco sistêmico que estamos? Paralisia agora? É desesperador só de pensar! Qualquer um, sem pensar, logo se postará voluntariamente na fila dos serventes. Sem questionamentos pensados, medidos e correlacionados.
Algo nos diz, que a situação de pandemia, ou, pandemônio que atravessamos; está mais para CARONAvirus, do que, mais um viris de carona nas ondas oscilantes da especulação financeira, que só sopra para Cima e para o Norte.
Enquanto isso, o banqueiro “superministro” da Economia do governo Bolsonaro, aproveita a oportunidade, para dar ainda mais incentivos financeiros e fiscais as grandes empresas! (Atualmente, a cifra já ultrapassa os R$ 335 bilhões/ano). E já, já aos bancos também devem ser “socorridos”! Isso não fará com que estes recursos cheguem as mãos dos pequenos. Será ainda mais concentrado e aplicado no mercado financeiro. Como sempre!
Anunciar transferência de renda aos pobres, vinda do (ontem quebrado) INSS e do esvaziado Bolsa Família, sem a devida e prévia autorização orçamentária do Congresso Nacional… trata-se de mais uma inverdade, e servem mais como pirotecnia e pano de fundo, numa desfaçatez sem precedentes. É incrível o cinismos e oportunismo correntes.
É triste registrar, mas ainda no velório, é quando começam as grandes disputas por propriedades. Até o povo Judeu quando enfim, alcançou a terra prometida, não resistiu a tamanha sanha da alma humana, na disputa por propriedade, quando se dividiram em 12 mini povos pobres.
Oremos para que a verdade apareça sem viés CARONISTA. Afinal, quem sempre empurrou o caminhão, “quebrado” continua desamparado. A verdade, é que a concentração de renda e propriedade, nunca foi tão grande e veloz quanto agora (2016 em diante).
Esta crise em verdade, serve para os beneficiários do sistema mundial corrente, darem um recado aos desvalidos: – Ruim comigo, pior sem migo (como diria os trapalhões).
Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar a leitura.
Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando do Instituto de Economia da Unicamp.
https://www.youtube.com/watch?v=Vh1iuQC56XM
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