A informação e o uso da internet aumentaram nas últimas décadas, juntamente com esses avanços percebe – se o aumento de ocorrências de casos de bullying divulgado pela mídia, com isso, os especialistas em comportamento humano tem dado mais sensibilidade no trato deste fenômeno. O bullying escolar pode envolver crianças em diferentes papéis entre eles destacamos a vítima, o agressor e a vítima que se torna agressor, independente da participação, os resultados desse comportamento podem impactar negativamente no desenvolvimento dessas crianças e adolescentes.
A escola é uma das instituições de maior importância na formação do sujeito, além de responsável pela educação, é também um ambiente que apresenta condições por meio das quais se permite a criança e ao adolescente refletir e expandir seus valores morais e éticos.
Sendo assim, neste contexto o bullying enquanto aspectos comportamentais e cognitivos podem resultar em consequências com sérias repercussões, logo, essa questão precisa ser visto de forma crítica, buscando ações que viabilizem sua redução.
Diante desta realidade. Lima (2011) vem dizer que os professores, pais e alunos são fundamentais quando se pensa no aspecto preventivo do bullying, uma vez que, quando todos estão envolvidos no processo é possível estabelecer normas, diretrizes e ações capazes de conscientizar os agressores, bem como apoiar e proteger as vítimas,
assim, segundo o autor é possível fazer da escola um lugar seguro.
Desse modo torna se evidente que discutir sobre o bullying no contexto escolar é de suma importância visto que muitas pesquisas realizadas sobre este tema demonstram que essa violência tem aumentado, em sua proporção e seus agravos têm se tornado mais significativo. Dado esse, confirmado pela Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015): “foram entrevistados jovens de faixa de treze a quinze anos de idade, de todas as capitais e do Distrito Federal, revelando que 20,8 % dos alunos são agressores – o que significa que um em cada cinco adolescentes pratica bullying nas escolas brasileiras”
(Silva, 2015, p.127).
Conforme dados apresentados por Borges (2015) em relação ao problema em questão, já houve avanços significativos, entre eles o autor destaca a divulgação da cartilha sobre o bullying e a criação do Dia Nacional de Combate ao bullying (7 de abril é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Bullying), além disso, o mesmo já
chamava a atenção para o projeto de Lei Nacional Antibullying 6504/2013. Já em
Março de 2015 foi aprovado pelo Senado o projeto de lei que criou o “Programa de Combate a Intimidação Sistemática (PCL 68/2013), cujo objetivo é prevenir e combater a pratica do bullying e cyberbullying” (Silva, 2015, p 128).
A psiquiatra Ana Beatriz B. Silva salienta que a vivência do bullying pode resultar em um trauma cujas implicações imprimem consequências em níveis cerebrais, isso considerando o fato de que as relações interpessoais exercem fortes influências no desenvolvendo do individuo, logo, quando as experiências do mesmo são marcadas por
sofrimento psíquico que podem alterar sua percepção de si mesmo e do outro, ou seja, a vivência do trauma pode alterar tanto a cognição quanto o comportamento do sujeito (Borges, 2015 p. 114). Saliento aqui, a importância do cuidado com a saúde emocional, fazer psicoterapia proporciona que o individuo aprenda a lidar com suas dificuldades,
enfrentar seus medos, buscar autoconhecimento e como resultado a qualidade de vida.
Apesar das poucas pesquisas é notória a importância de entender as faces do fenômeno e suas possíveis implicações no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Os Pesquisadores resulta, que ao perceber as prováveis alterações biopsicossocial em crianças e adolescentes, entendeu que ações pontuais na escola envolvendo alunos, professores, pais e a sociedade são ferramentas potencializadoras para um diminuição da ocorrência do bullying.
A consulta psicológica é um momento de autorreflexão. Dessa forma, será possível compreender os comportamentos que temos e, além disso, seremos capazes de promover mudanças no nosso modo de ser, pois estamos aptos a nos entender por quem somos e a agir da forma que realmente queremos.
No caso específico do bullying, a consulta terapêutica irá ajudar a recuperar os componentes mentais mais afetados pelo abuso. Serão realizados exercícios para a reconstrução da autoestima e das habilidades sociais. A terapia emocional também irá trabalhar para reduzir os sentimentos negativos e depreciativos da pessoa, além de tratar
da ansiedade e estresse gerados pelas agressões.
Colunista:
Matheus de Oliveira Silva
CRP 03/18092
Psicólogo Graduado pela IMES Bahia, atuante na área clínica em Ipiaú,
oferecendo psicoterapia individual para crianças, adolescentes, adultos e senis.
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