Tudo que não temos constatado na disputa político-eleitoral 2018 é ob-je-ti-vi-da-de: “Foco substancial; na qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência e/ou paixões, resultado da observação imparcial, independente das preferências individuais. Em epistemologia, o conceito de objetividade caracteriza a validade de um conhecimento ou de uma representação relativa a um objeto (estudo).
Em outras palavras, o que é real e como sabemos se é verdadeiro o que inferimos a respeito da realidade? Isto depende, por um lado, do conceito do objeto alvo da atenção e, por outro, das regras normativas próprias à questão. Assim, do ponto de vista epistemológico, a objetividade não é sinônimo de verdade apriorística, portanto, é comum confundir os dois conceitos (direito e justiça por exemplo), numa espécie de “índice de confiança” ou de “qualidade” dos conhecimentos e representações. Também não é sinônimo de fidelidade ao objeto ou à realidade, apesar de o termo ser muito utilizado com este significado, porque as regras normativas que permitem distinguir o que é objetivo do que não é, são definidas em cada contexto e/ou tema-objeto.
Nosso foco deveria ser o Brasil dos brasileiros, 8ª economia mundial, PIB de R$ 6,7 trilhões, 5ª maior população e território mundial, lugar onde 1/3 das famílias ganham até R$ 954/mês, 75% da renda está concentrada na região sudeste, 85% da população está concentrada em apenas 1% do território nacional por conta e jogo especulativo, 50% sem saneamento básico e ordenamento urbano, déficit fiscal de 160 bilhões (mesmo depois da liquidação do Pré-sal e da devolução do BNDES de R$ 180 bilhões).
Enviamos diariamente para os EUA 520 mil barris de petróleo por dia e compramos de volta, do próprio EUA, derivados de petróleo 350 mil barris por dia, em dólar (1/3 em quantidade do petróleo, fica lá).
A conta de petróleo é a maior conta externa que temos. Daí a origem de nadar, nadar e morrer na praia, tendo entregue antes o ouro. Literalmente. Só para lembrar, a Venezuela (maior reserva mundial de petróleo – vizinha da “protegida” Amazônia) que não dá o braço a torcer, e por isso sofre as consequências, perversidades, difamações e perseguições; ainda assim, processa 100% do petróleo consumido naquele decadente país.
Até uma semana antes do início do período eleitoral 2018, a preocupação geral era com o avassalador nível de desemprego 13%, informalidade do trabalho e renda 52%, déficit da previdência de 270 bilhões, nível estratosférico da dívida pública 76% do PIB (R$ 5.045 trilhões – dívida pública total bruta), economia estagnada, Banco Central sequestrado pelos banqueiros sócios da Banca Internacional, empresas sem confiança para investir, desindustrialização crescente, inflação apontando para 5% ao ano e o crescimento da renda nacional próximo de 1%, cerca de 1,3 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos estão fora da escola. Muito por conta de um governo tomado de assalto, que deveria ter o chefe da quadrilha capturado pela PF ao pé da rampa, logo depois de passar a faixa (se houver ainda dignidade neste país)…
Pois bem, veio o período eleitoral e com ela, as disputas ideológicas, partidárias, paixonite aguda… assolaram de vez as últimas e poucas mentes ainda lúcidas neste país atordoado com tamanha desfaçatez e sangria desatada da riqueza nacional… As escritas que melhor exprimem o que de fato está acontecendo é: – Conhecereis a REALIDADE e a realidade vos libertará (1 JAN-19).
Infelizmente a irracionalidade e a insanidade, chegou a níveis nunca antes vistos na história deste país… Todos querem viver as custas do Estado, mas se esquecem que o Estado vive as custas de todos. Ou melhor, dos não eleitos. Ou, os eternos “condenados”: pretos, pobres, nordestinos, mulheres, diferentes… Os brasileiros gostam muito de um GRÁTIS. E na graça do de graça, chegar-se-á a DESgraça!
A população ao mirar na vantagem pessoal, perde coletivamente! Pois sempre acaba sendo ludibriada facilmente, ao pensar na lógica do individual, e os políticos, o sistema financeiro e os outros Estados Nacionais concorrentes aproveitam e nos lesam no coletivo. O nome disso é estupidez generalizada – ignorância raivosa e tonta!
O sistema financeiro, bancos e rentistas por exemplo, juntos, são muito maior economicamente que o Estado brasileiro. O Estado existe para legitimar o Sistema. O resto é enredo de novela cotidiana a serviço da distração. Quem paga a conta da novela são os próprios consumidores e cidadãos que pagam pelos custos dos produtos inflados para bancar as margens das mídias que dão audiência. Para o Sistema, político “bom” é aquele que sabe conduzir a coisa para se ganhar no individual e perder no coletivo. Este é o preço pago pela divisão dos pequenos e comuns – “ingênuos-malandros”.
Nas redes sociais, onde há fortes suspeitas de interferência internacional e preferência ideológica transnacional; nunca se viu tamanha disseminação de ódio, festival de mentiras e falsidades, de, e para todos os lados. Parece ser de caso pensado, planejado e implantado – a divisão dos brasileiros, imposta via mão invisível, atuando de forma precisa, localizada – sapiência digital remota…
Se no uso do “Zap-zap” a violência já é tamanha, imagine a população de armas em punho? No transito, em vez de farol, teremos trincheiras. Dentre outros tantos tontos, a de se registrar o desespero à justificação dos ex-Psdbistas atordoados como quem caiu do caminhão de mudança, e agora tenta reembarcar rapidamente em algum pseudo barco inteligente ou reacionário. Faz-se mister chacoalhá-los para lembra-los que Deus não se confunde com dinheiro, propriedade, protestantismo doentio e muito menos com a putocracia privatizada.
O nível de investimento direto do governo federal nunca foi tão baixo, atingindo menos de 8% da receita tributária total. O nome técnico disto é ineficiência governamental, e o nome real é: ROUBO SISTÊMICO. O teto dos gastos malandramente NÃO vale para os gastos financeiros, como a dívida pública e perdas sistêmicas programadas, para conter as variações do dólar (que serve para garantir ao investidor estrangeiro o lucro esperado). Pagamento de juros inclusive sobre operações compromissadas com sobra de caixa de bancos, petróleo dolarizado e interferência cambial suspeitas… estes são os maiores custos envolvendo o Estado brasileiro, e parece que ninguém está vendo tamanha rapinocracia técnica. É surreal ! Cadê os órgãos de controle, o MPF a PF?
Para piorar, o candidato que lidera as pesquisas, foge do debate como o diabo foge da cruz. Preferindo esconder-se na guerrilha das redes sóciopatas via monólogos, financiamento espúrio e graves acusações sem mostrar a cara e provas. Isso é fraude! E quem apoia esta barbárie, o faz como um apaixonado vil torcedor que quer apontar um gol na marra ante a uma penalidade máxima!
Se violência e autoritarismo resultasse em boa gestão, os militares teriam resolvido o problema do Brasil já na década de 60, e não tinha o devolvido em frangalhos, alto índice de corrupção e hiperinflação como fizeram.
Como diria minha avó: – Atrás de todo pai repressor, tem um filho cínico ou canalha. Para quem pedia a punição dos errantes, poderá ter o Lorenzoni e o baixíssimo clero carioca como opressores. Quem disse que estes são donos de alguma coisa? O Brasil é um condomínio de todos os brasileiros… ou pelo menos deveria ser assim tratado! Vai-se entregar fácil assim, para daqui a pouco espernear? Pede-se critério, critério e critério, e não cemitério!
O problema do ódio e que é parede-meia com a insanidade, irracionalidade, estupidez e violência. Colheremos o que plantarmos. A natureza não engana.
O eleitor brasileiro, que é quem paga tudo com o seu suor, merece muito mais, de ambos os candidatos. Merece respeito e fino trato, inclusive um para com os outros. Separados, continuaremos frágeis; isso só interessa aos maus intencionados aproveitadores.
Para os mais astutos, sugiro assistir ao vídeo abaixo, como reflexão complementar a leitura.
Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando Instituto de Economia da Unicamp.
https://www.youtube.com/watch?v=C699GjKHY3w
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