Ipiaú: Em crônica, Elson Andrade sugere solução para o Rio Novo Tênis Clube


Disputa do Terreno do RNTC – Depois dos Gafanhotos, a Esperança é a última que morre.

Três amigos se reuniram na praça Rui Barbosa, para debater o caso da disputa do terreno do RNTC, pois corre na cidade o “zuzumzum” sobre o processo de compra e venda do direito de aforamento do terreno do Clube e de outros tantos terrenos no centro da cidade.

Manezinho de Filó, menino criado solto na beira do Rio de Contas (o rio, não o clube) metido a entendido que só, logo tratou de pôr o caso em tela – Aquele clube era clube de barão, toda vez que tinha festa disputada ali, nunca tive condições de entrar… afinal, na Era do Cacau, era comum nas festas, sempre ter mais gente fora do que dentro dos clubes da cidade, e a gente ia mesmo era prá ficar encostado nos carrões estacionados, ouvindo o som do Joedson (este sim é que merecia ser preservado, não foi…) completou.


Em gargalhadas redefiniu João – A não ser aquela vez que tu encheu a cara de lóló de Tonga e entrou via Telebahia, Kkkk, mas não demorou 15 minutos, e foi expulso pelo guarda do clube, da rua da Granja, que vexame, Kkkkkkk.

João era filho de bancário fazendeiro. Embora fosse original da turma dos bacanas, inexplicavelmente, sempre se ateve com a plebe.
Raimundão o advogado-filosofo da turma, com seu ar de maestria, foi logo impondo o rito do debate – Como pode um cara vim de fora e passar a perna em todo mundo assim? Deputado miseráve… Temos que reagir! Concluiu.

Ontem e hoje. RNTC, já foi centro da vida cultural da cidade. Foto/ Arquivo

João, ciente da desgraceira econômico-financeira, que alongadamente paira do lado de trás das cortinas da pseudo burguesia cacaueira, já colocou de pronto a sua controvérsia – Nunca pensei que pudéssemos chegar a esse ponto, mas sinto em dizer, que aquele clube trata-se de um maior abandonado pelos cinismo dos herdeiros inconsequentes e desinformados… que quiçar poderá ser vendido e rateado o patrimônio entre os sócio remanescentes.
– Esse é o ponto chave da questão. Resumiu o filosofo de plantão. E acrescentou – Segundo artigo 61 da Constituição Federal, uma associação sem fins lucrativos, não poderá distribuir lucro ou patrimônio entre os sócios, sob pena de sofre reclassificação tributária, previdenciária e trabalhista… sob pena do molho ficar muitas vezes mais caro do que o próprio peixe. Assim, mais uma vez, marcou território o seu lado advogado.

Neste momento, encosta na roda um blogueiro insurgente do Bairro Novo, clássico de época de eleição, que de longe ouvia o debate e sem muita propriedade, exceto em ser comerciante a serviço da velada eterna oposição; logo propôs. – Posso postar no meu blog: Prefeitura Tenta Salvar Empreendimento de Barão, Mesmo Sem Tostão.

João lembrou ainda – É, e agora trata-se de uma edificação tombada…

Com suas infames piadinhas, interveio o Manezinho (que de besta não tem nada) – Tombada esta obra sempre foi, por que de prumo, ali não tinha nada, kkk.
Para completar a roda, encostou o padre da cidade que fez a seguinte proposta – Poderíamos juntar todos os posseiros afetados (posseiro é um termo que o bispo de Ilhéus, jamais admitiria “ver” um padre seu usando) e entrar com uma Ação Coletiva de Usucapião, depois de transformada a posse em propriedade, “cada qual” com seu “cada qual”. A vida que segue. A bem da verdade, parece fim dos tempos reconhecer uma situação desta, mas, antes um elefante branco do que um elefante morto, e logo no centro da cidade, servindo de ícone a ruina econômica cacaueira, a exemplo do prédio da Santa Paula, onde ninguém reage… todos com essa cara de esperando os chineses chegarem.

Raimundão, o eterno advogado e filosofo da turma, propôs – E se a gente, reunir todos os sócios titulares remanescentes oficiais do clube, fazer uma assembleia, e não uma audiência pública sem representação jurídica, elegermos um representante legal do clube, entrarmos com uma Ação de Usucapião Coletivo, como sugeriu o padre, para garantir a posse, e uma vez proprietários; faríamos uma doação compromissada (com contrapartida “sine qua non” a termo) do empreendimento, para uma instituição capaz de investir ali, de forma sustentável de verdade, como: o Sesi, Sesc, Senat, Apae… por exemplo?
Neste momento correram lagrimas dos olhos do padre, e do blogueiro, que foram embora sem dizer uma única palavra.

Para finalizar, João questionou – E o que fazer com essa advocacia cartorial em favor do adquirente forasteiro?
O blogueiro de longe gritou – Essa matéria já foi publicada com os meios de contato da corregedoria e do CNJ!

“Primeiramente deve-se entrar em contato com a Ouvidoria Corregedoria Geral da Justiça da Bahia:

Corregedoria Geral da Justiça (312 / Anexo)
Recepção Geral: (71) 3372-5088 Assistente: (71) 3372-5514 Fax:(71)3372-5095,

ou ainda via site: http://www5.tjba.jus.br/corregedoria/

Para os mais astutos, sugiro assistir o vídeo abaixo: 

Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando Instituto de Economia da Unicamp.


Veja mais notícias no Ipiaú Online e siga o Blog no Google Notícias


0
Web Design BangladeshWeb Design BangladeshMymensingh