Com expectativa de cerca de 850 mil turistas, o Carnaval deve movimentar, aproximadamente, R$ 1,8 bilhão em Salvador, um crescimento de cerca de 63% em relação a 2024, de acordo com o Observatório do Turismo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).
O levantamento considera desde o setor de alimentação, passando por mobilidade, abadás de blocos, camarotes e acessórios e vestuário para a folia. Estima-se que os turistas nacionais devem gastar, em média, R$ 6.864,40 na cidade, e os internacionais devem deixar na cidade cerca de R$ 4.888,47, incluindo passagens e hospedagem.
O movimento turístico aumentou 6,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, e mais da metade dos viajantes vêm do interior da Bahia. Na sequência, ficam os turistas vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília e Pernambuco, respectivamente. Já os turistas internacionais, que representam cerca de 5% do total, são oriundos, principalmente, da Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Chile e França.
O setor hoteleiro, um dos mais beneficiados nesse período, já sente os reflexos positivos dessa movimentação. O Portobello Ondina Praia, que fica no final do circuito Barra-Ondina, já está com 80% da ocupação e a expectativa é chegar a 95%. “A procura por quartos cresceu nas últimas semanas e, historicamente, as reservas se intensificam nas três semanas antes do Carnaval”, conta Thiago Sena, diretor comercial do Portobello e diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia (ABIH-BA).
Ele calcula que 10% dos hóspedes serão turistas estrangeiros e a maioria virá de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O perfil é o mesmo que se repete em grande parte dos hotéis nesse período: casais e grupos de amigos. “Os alojamentos que ficam dentro ou perto dos circuitos da festa são os mais procurados, já que muitos quartos ou apartamentos que ficam de frente para a avenida acabam se transformando em um camarote privado”, explica Sena.
No ano em que se comemora os 40 anos da axé music, o apelo para quem pretende “pular atrás do trio” é ainda maior, e o folião tem dezenas de opções, que variam de R$ 280 até R$ 2 mil por dia. Apesar dos preços, que podem ser considerados elevados, empresas como a Quero Abadá já reportam um aumento de 20% nas vendas em relação à folia do ano passado. “O Carnaval de Salvador está vivendo seu melhor momento. E 30 dias antes da festa, há uma verdadeira explosão nas vendas”, conta Vitor Villas Bôas, sócio da empresa. Vitor Hugo Prata reforça o que diz seu sócio e xará e comemora os negócios.
A Quero Abadá vende 23 produtos, entre abadás e camarotes, com preços que variam de R$ 300 até R$ 4 mil para cada dia de festa. A empresa já conta uma operação de vendas no Shopping Paralela e abrirá outra, nas próximas semanas, no Salvador Shopping. De acordo com Villas Bôas, o objetivo é oferecer praticidade aos clientes, um diferencial para os negócios que pretendem faturar nesse período. “Vamos organizar entrega de abadás no aeroporto e no porto de Salvador, para que os turistas que desembarcarem já saiam de lá com seu kit garantido”, diz.
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