A marca de 37.6 graus atingida por Ipiaú na tarde de segunda-feira (18) e taxas semelhantes marcadas ao longo do verão deste ano colocaram Ipiaú no centro da sensação de calor que tem abalado a população baiana, como a mais quente do estado, a segunda mais quente do Nordeste e uma das mais quentes do Brasil.
Mesmo considerando que o problema do aquecimento global atinge indiscriminadamente a todos os moradores do planeta, algumas áreas estão ainda mais quentes por fatores que vão além da questão climática.
Em Ipiaú por exemplo, nota-se que o município já abrigou no passado vastos bolsões de Mata Atlântica que vem sendo derrubados ano a ano para a venda de madeira, instalação de pastagens e construções habitacionais, dentre outros projetos.
Sabe-se que onde há cobertura vegetal de árvores, sob a sombra, a temperatura chega a ser de até 4 graus a menos.
Com a chegada do asfalto ao centro da cidade o problema se intensificou.
Para piorar, Ipiaú não tem o plantio de árvores no seu perímetro urbano e cresce exposta ao sol, sendo queimada todos os dias por temperaturas cada vez maiores.
A urgência de um projeto de arborização que seja viável e que não fique apenas no papel vem aos poucos se transformando em um problema ao qual não se pode virar as costas.
Utilizando mudas de árvores com sistema radicular compatível com as calçadas, mesmo ruas estreitas como a Dois de Julho ou a Castro Alves poderiam ter mais sombra, aliviando o cotidiano de comerciantes, comerciários e clientela.
Além de tudo seria um plantio que refletiria no futuro, uma vez que a questão do aquecimento global não dá, infelizmente, sinais de que esteja estagnada
Ipiaú Online/ Celso Rommel
Veja mais notícias no Ipiaú Online e siga o Blog no Google Notícias