Policial Militar baiano descobre câncer raro em viagem pela Europa, é internado e dívida com hospital passa de R$ 500 mil

O Policial militar baiano César Brandão, de 31 anos, descobriu um tipo raro de leucemia durante uma viagem para a Suíça, em dezembro do ano passado. Sem rede pública de saúde no país, o baiano, que precisou começar o tratamento imediatamente na Europa, deve mais de R$ 500 mil ao hospital. [Saiba mais sobre o tratamento no final da matéria]

“É uma montanha russa, tem dias que eu estou muito bem, dias que estou muito mal”, disse o PM.

A viagem para a Europa era um sonho para César e a esposa, Viviane Assis. Após economizarem bastante, eles embarcaram para o continente europeu para comemorar os 17 anos de relacionamento. O itinerário da viagem contava com estadias na Alemanha, Espanha, França, Itália e Suíça. Mas na realidade nada saiu como o planejado: com febre e queixa de hemorroida, o policial só conheceu a Itália antes de ser internado em um hospital na Suíça.

Foi no país que César recebeu o diagnóstico de Leucemia Promielocita Aguda. Como a doença causa risco elevado de hemorragia e problemas de coagulação do sangue, ele precisou começar a quimioterapia e ficar internado no primeiro ciclo do tratamento – o que tornou as dívidas com o hospital ainda maiores.

O PM e a esposa acionaram o seguro de saúde que compraram para a viagem, mas não cobriu o tratamento.

Depois disso, a Justiça da Bahia concedeu uma liminar que obriga a seguradora a pagar todo o tratamento. Em caso de descumprimento, multa diária de R$ 100 mil. A decisão também determina que o período de cobertura do seguro seja ampliado até o retorno à Bahia. Nesse caso, a multa por descumprimento é de 20 mil por dia.

Vakinha virtual

Apesar das decisões da Justiça, a dívida com o hospital suíço segue sem ser paga e cresce a cada dia.

Além disso, o policial vai precisar de auxílio para custear o tratamento quando voltar para a Bahia. O hospital europeu afirmou que César precisa continuar com a mesma medicação, que não é garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A primeira escolha para o tratamento no Brasil é usar o medicamento Trióxido de Arsênio, que custa em torno de R$ 9 a R$ 10 mil cada a ampola. Em um mês, o policial precisaria gastar pelo menos R$ 180 mil.

Pensando nisso, amigos do casal fizeram uma vakinha virtual para ajudar o PM. Até esta terça-feira (16), foram arrecadados R$ 65 mil, mas César precisa conseguir pelo R$ 420 mil em apenas oito dias para pagar o hospital na Suíça.

A vakinha está disponível nas redes sociais do policial militar e da esposa dele.

G1


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