A advogada criminalista Janaína Panhossi, representante dos interesses da família da jovem Hyara Flor, enviou uma nota em que contesta o resultado do inquérito sobre o caso. A Polícia Civil concluiu que a menina foi morta em um acidente e o disparo da arma foi feito pelo cunhado, de apenas 9 anos, durante uma “brincadeira”.
“Venho acompanhando o caso, desde a ocorrência deste triste fato, e até o presente momento, atuando, assim, em todas as fases da investigação. Diante disso, afirmamos, com respaldo técnico, que todos os elementos que fundamentam a alegação da família, no sentido de que Hyara foi vítima de feminicídio, foram fornecidos a autoridade”, informa, o comunicado, enviado ao programa.
“Recebemos com serenidade, porém, com profunda decepção a conclusão das investigações, mas estamos cientes de que a condução de um inquérito policial compete somente à polícia judiciária, mas a classificação dos delitos em apuração serão submetidos às superiores considerações do Ministério Público”, emenda.
“Dessa forma, aguardamos posicionamento do representante do parquet. Pois cabe ao mesmo, independente do relatório policial, formar sua opinio deliciti e ao delito em apuração a classificação de acordo com as suas impressões, as quais, conhecendo o processo, certamente serão pela representação e denúncia dos responsáveis pela morte da jovem cigana”, finaliza.
O laudo necropsial apontou que o projétil da arma de fogo entrou nos músculos infra-hióideos da cigana, abaixo do queixo, e que ficou incrustada na vértebra cervical — o que pode ter ajudado investigadores a deduzirem que o tiro foi disparado de baixo para cima. O marido da cigana, embora seja muito jovem, mede entre 1,80 cm e 1,85 cm, de acordo com os delegados responsáveis pelas investigações.
Bnews
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