Vereadores de Itabuna se mobilizam para evitar o fechamento da Nestlé

 

Itabuna se une contra o fechamento da Nestlé depois que uma mensagem entre um cidadão e o Governo do Estado em uma rede social. O governo se comprometeu a fazer uma reunião com a direção da Nestlé para tratar da situação de Itabuna, mas afirmou que “a fábrica não deixará o Estado”.

Mas a questão não é essa. A empresa tem outra fábrica em Feira de Santana, que pode manter sem “sair do estado”. A questão é fechar a de Itabuna, onde a Nestlé, há mais de 35 anos, produz as linhas Nescau, Nesquik e Farinha Láctea de 200 ml.

Os vereadores de Itabuna se mobilizaram e devem ser recebidos pela direção da Nestlé na terça-feira. A decisão saiu depois que a Câmara foi visitada por representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação da Bahia (SindAlimentação).

“A Câmara de Vereadores fala em nome do município e representa os interesses da população” disse o sindicalista Eduardo Sodré, que esteve acompanhado dos colegas Kleber Santiago, Eldon Almeida e Danillo Cesar.

Depois da reunião, o presidente do Legislativo, Ricardo Xavier, solicitou audiência com a diretoria da Nestlé. “Essa conversa será importante para termos embasamento do que realmente está acontecendo e saber como o Legislativo pode ajudar na permanência da fábrica”, disse Xavier.

Fechamento

Os planos de encerrar as atividades da fábrica em Itabuna deixariam 300 desempregados, incluindo pessoal de serviços gerais e manutenção, por isso o sindicato retomou uma luta que já teve um capítulo em 2016, quando houve o boato de que a unidade fecharia.

Consultada pelo jornal A Região na época, a Nestlé negou a intenção de encerrar as atividades e acrescentou que nos últimos anos tinha invstido R$ 40 milhões na modernização da fábrica. O que aconteceu foi um plano de férias coletivas.

O setor de comunicação corporativa da Nestlé informou ao A Região que a unidade itabunense “continuará operando normalmente após o período de férias coletivas”, retomando as atividades “já nos primeiros dias de 2017”. A medida tinha sido para ajustar a produção à demanda daquele ano.

Desta vez, ela explica que está concentrando seus investimentos na ampliação da unidade de Feira de Santana, responsável pelo abastecimento da região Nordeste. “Estamos chamando a atenção dos vereadores, prefeitos e governo do estado”, diz o sindicato.

“Tudo indica que vai ser fechada. Vamos organizar e fazer forte movimento de trabalhadores. Itabuna não pode perder essa fábrica”, disse um dos coordenadores do SindAlimentação. A Nestlé de Itabuna recebe incentivos fiscais do estado.

A Região


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