Três internos são executados no Conjunto Penal de Feira, dois tiveram cabeças decapitadas

Foto: Aldo Matos/ Acorda Cidade

Os internos Júlio César da Silva Rocha, Everson Avelino de Jesus e Antônio Marcos Vitória Nunes foram executados, neste sábado (7), no Conjunto Penal de Feira de Santana.

Dois dos homens executados – Júlio César e Antônio Marcos – tiveram suas cabeças decapitadas. Os casos foram confirmados, em nota, pela direção do Conjunto Penal de Feira de Santana, que suspendeu o banho de sol.

“Diante dos homicídios ocorridos nas últimas 48 horas no exterior da unidade, a direção suspendeu o banho de sol de parte dos apenados, pois recebemos informações da inteligência de nossa SEAP [Secretaria Estadual de Administração Penitenciária], da possibilidade de mortes durante o dia”, diz a nota.

Ainda conforme informações da direção do Conjunto Penal, as mortes dentro da unidade estão relacionadas a outros homicídios ocorridos fora da penitenciária, ligados a uma facção do crime organizado.

“Ao fazermos rondas e vistorias rotineiras, foi encontrado um detento morto na cela 24 do pavilhão 8. Após encontrar este corpo, as rondas continuaram e encontramos mais dois óbitos, totalizando três mortes no interior do pavilhão 8, e ao fazermos as investigações preliminares, descobrimos que os óbitos estavam relacionados com os homicídios que ocorreram fora da unidade nas últimas 48 horas, visto que todos são da mesma organização criminosa, porém estão ‘rachados’”, explicou a direção da unidade.

Segundo o diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, José Freitas, os outros detentos do pavilhão 8 pediram para sair por não se sentirem seguros no local.

“Por orientação do Superintendente Luciano Viana, foi feita uma revista nos pavilhões que tinham presos remanescentes desta organização criminosa, dando o direito de saírem do pavilhão aqueles que não se sentiam seguros. Vários pediram para sair, confirmando assim, as nossas informações”, disse Freitas.

“Todos os presos envolvidos nas três celas foram ouvidos pela equipe da Polícia Civil na própria unidade e serão responsabilizados pelo crime cometido, além de responderem administrativamente por falta disciplinar.

A equipe do DPT realizou a perícia nas celas onde ocorreram os óbitos e foram feitos os levantamentos cadavéricos pela delegada Clécia Vasconcelos”, concluiu o diretor.

Acorda Cidade


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