Preso há 20 anos, após ser preso em flagrante depois de matar três pessoas e ferir outras quatro com uma submetralhadora em um cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, o baiano Mateus da Costa Meira, hoje com 44 anos, pode ser solto pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Ele foi condenado a 48 anos e 9 meses de prisão em regime fechado e, ao ser submetido a exames médicos e psicológicos, ficou comprovado que ele não apresenta alterações no comportamento que indiquem periculosidade. Em um despacho do TJ-BA, o juiz responsável pelo caso escreveu que Mateus está “apto a desinternação” para retornar à vida em sociedade.
No entanto, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), autor da ação penal contra ele, solicitou que os exames sejam refeitos. Mateus cumpre pena no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador, uma vez que foi considerado inimputável, não podendo responder pelos próprios atos.
Relembre o crime
Em 3 de novembro de 1999, o então estudante de medicina, que tinha 24 anos, foi a uma sessão do filme “Clube da Luta” e, no meio da exibição, ele foi ao banheiro e voltou à sala com uma submetralhadora, onde disparou dezenas de tiros, deixando 7 vítimas, sendo 3 delas fatais.
O jovem foi dominado pelos seguranças do estabelecimento, detido e levado ao Distrito Policial. Mateus foi julgado em 2004 e condenado a 120 anos e seis meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em 2007, a pena foi reduzida para 48 anos e nove meses e, em 2009, já tendo cumprido pena em Salvador, ele tentou matar com golpes de tesoura o companheiro de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes. Foi aí que Mateus foi transferido para o hospital psiquiátrico.
Dois anos depois, por decisão da 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador, Mateus foi considerado inimputável após solicitação da defesa e da Promotoria. A decisão foi baseada em laudo que apontou que ele tinha esquizofrenia.
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