Sem aglomeração, festa de Réveillon no RJ em 2020 é cancelada

O maior réveillon do mundo, que reúne milhões de pessoas na Praia de Copacabana, foi cancelado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. De acordo com o município, a decisão é uma questão de saúde pública devido à pandemia da Covid-19.

Nos próximos dias, a RioTur vai apresentar ao prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada, como queima de fogos no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar.

Além disso, existe a possibilidade das apresentações musicais, que tradicionalmente ocorrem em toda orla do Rio, sejam realizadas digitalmente, através de lives.

Diante do cancelamento da festa de Réveillon, o adiamento do Carnaval 2021 parece iminente. Diretorias de diversas escolas de samba já afirmaram que só desfilam na Marquês de Sapucaí se já houver vacina disponível para toda a população.

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO, nesta quarta-feira (23/07), o médico epidemiologista Daniel Soranz, ex-secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, disse que tanto o Réveillon quanto o Carnaval, no Rio de Janeiro, não serão afetados pela pandemia causada pelo Coronavírus.

Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina. Mas, é preciso ressaltar que o réveillon não é um evento rígido e ele pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana.

Nos próximos dias, a Riotur apresentará ao Prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, em um modelo virtual, onde poderemos atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas.

Ressaltamos que todos os conceitos desenvolvidos e analisados pela Riotur têm sua viabilidade financeira focada 100% na iniciativa privada, considerando o cenário atual onde os recursos da Prefeitura do Rio estão destinados ao combate da pandemia.

Esse modelo, com parceiros privados investindo nos grandes eventos, é adotado pela Riotur durante toda a gestão do Prefeito Marcelo Crivella, priorizando que o dinheiro público seja investido nas questões básicas, como saúde e educação.

Vale lembrar que, seguindo o cronograma dos anos anteriores, o réveillon começaria a ser desenvolvido em agosto. Isto significa dizer que não há etapas a serem cumpridas pela Prefeitura neste momento e estamos dentro do cronograma natural.

Com relação ao Carnaval, o presidente em exercício da Riotur Fabrício Villa Flor de Carvalho tem participado constantemente de reuniões virtuais com o presidente da Liesa Jorge Castanheira para tratar sobre as questões que envolvem os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.

Como resultado dessas tratativas, a Riotur atendeu ao pedido da Liesa e não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. Agora, a Riotur aguarda, conforme solicitado formalmente pelo presidente da entidade, a próxima assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à Prefeitura do Rio.

Já para o Carnaval de Rua, a Riotur tem mantido conversas com o GAESP – Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público, órgão atuante na construção do evento que, dentre outras funções, participou da criação do Protocolo de Intenções, que garantiu melhorias à folia.

Portanto, neste cenário inconclusivo, ainda não é possível falar em definição do Carnaval Rio 2021, já que o planejamento deste evento é naturalmente complexo e, no cenário atual, requer cuidados especiais.

A festa reúne milhões de pessoas e, durante o período da folia, há uma intensa movimentação pela cidade, incluindo o aumento do uso do transporte público durante um extenso período de tempo.

Para decisões, precisamos de uma análise de toda a situação, incluindo o número de casos, a evolução no tratamento da doença, a prevenção e a criação de uma vacina, visando sempre a segurança de todos.

Vale lembrar ainda que o carnaval é um feriado nacional e envolve outras esferas, e não apenas a municipal, sendo, portanto, uma discussão muito mais ampla, que inclui principalmente resultados de estudos científicos.


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