O decreto que ampliou o toque de recolher em toda a Bahia, com restrição de circulação de pessoas entre 20h e 5h, entra em vigor a partir desta segunda-feira, 22. A determinação, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), inclui as cidades de Jacobina e Irecê, mas ainda exclui o oeste baiano do decreto.
De acordo com o governador Rui Costa (PT), antes mesmo de determinar a ampliação, foram realizadas reuniões com representantes da União dos Municípios da Bahia e com órgãos de controle do estado para abordar o aumento de casos da Covid-19 e a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar pacientes com a doença. Na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde, o governador anunciou que novos leitos devem ser abertos em cidades como Caetité, Bom Jesus da Lapa e Ilhéus.
“Todos os leitos estão ocupados neste momento. Se não houver colaboração, adotaremos uma medida mais drástica, fechar absolutamente tudo. Não há como permitir que as pessoas tenham este comportamento indiferente à vida humana”, criticou o petista em entrevista à TV Bahia nesta segunda-feira.
O governador garantiu maior fiscalização no cumprimento das medidas do toque de recolher em Salvador e também no interior do estado. “As pessoas não podem se dar ao privilégio de aglomerar em bar e restaurante, e espalhar o vírus por aí. Já solicitei maior rigor da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil (PC)”.
Oeste baiano
Apesar de as cidades de Barreiras e Santa Rita de Cássia, no oeste da Bahia, registrarem casos da nova cepa do vírus, o governador disse que a região continua de fora do toque de recolher. Segundo ele, as medidas estão relacionadas ao alto índice de contágio e à taxa de ocupação dos leitos.
“Estamos monitorando, mas as taxas e a procura pelas Uniades de Pronto Atendimento (UPAs) continuam baixas. Qualquer mudança, a gente revê o decreto e inclui o oeste. As medidas mais duras só são adotadas quando a doença sai do controle”, afirmou,
Vacinação
Rui Costa aproveitou a oportunidade para criticar o governo Bolsonaro e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo atraso na aprovação das vacinas contra a Covid-19. “Não consigo entender o porquê deste comportamento. Estão com má vontade, burocracia e falta de sensibilidade para aprovar as vacinas da Pfizer e da Moderna. A Anvisa e o Governo Federal estão demonstrando total insensibilidade para com a vida humana”, concluiu.
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