O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), afirmou que se reuniu com autoridades russas nesta terça-feira (27) e que elas se comprometeram a complementar os dados exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a vacina contra a Covid-19 Sputnik V.
Na segunda-feira (26) a Anvisa manteve negativada a recomendação da importação da Sputnik V no Brasil. O órgão de controle sanitário apresentou uma série de critérios utilizados pela agência, baseados em exigências utilizadas pela Organização Mundial de Saúde.
A comissão da agência entendeu que os dados russos demonstram fragilidade em aspectos como qualidades, caracterização, segurança, controle de impurezas, eficácia, entre outros.
Wellington Dias participou, nesta terça, de audiência pública na Câmara de Deputados que debateu os impasses com a aquisição do imunizante russo por parte dos governadores do Nordeste e do Governo Federal. “Eles se colocaram à disposição de enviar outros documentos. Há vários estudos demonstrando não só baixos efeitos colaterais, demonstrando segurança, e também elevado índice de eficácia, que aponta condições de imunização coletiva”, disse o governador.
O Consórcio Nordeste firmou contrato para aquisição de 37,5 milhões de doses da vacina Sputnik.
O deputado federal baiano Jorge Solla (PT-BA), que foi o autor do requerimento que originou a audiência, defendeu que o Ministério da Saúde deveria liderar a decisão pela autorização do uso da vacina. “Qual o maior prejuízo para a saúde da população brasileira, correr o risco de usar uma vacina que está com questionamentos ou continuar com o pico de mortos como vivemos hoje?”, questionou Solla ao defender que se ponha na balança riscos e benefícios sobre a Sputnik V.
BN
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