
Mais de duas décadas se passaram desde a morte do casal Von Richthofen, assassinado em outubro de 2002. No entanto, apesar dos longos 23 anos após um dos crimes mais impactantes da história brasileira, um outro crime homicídio bárbaro também está chamando atenção da população baiana desde a última segunda-feira, 21: a morte de Yane Matos, de 44 anos, executada na região de distrito de Pindorama, localizado em Porto Seguro, destino turístico da Bahia.
Mas o que esses casos têm em comum? Ambos foram planejados pelas filhas das vítimas, que orquestraram o crime de maneira minuciosa ao lado dos seus respectivos namorados. Nos dois casos, inclusive, um dos principais motivos foi a recusa dos pais em aceitar o relacionamento.
Confira as principais semelhanças entre os casos. Apesar de terem proporções diferentes, os dois crimes são marcados pela barbárie.
Idades semelhantes
Apenas dois anos diferenciam as idades das coautoras. Enquanto Suzane tinha 18 anos na época do assassinato, a filha de Yane, tem 16 [por esse motivo, a reportagem não pode revelar a identidade da menor].
Relacionamento desaprovado
Yane não aceitava o relacionamento da filha com o namorado, integrante da facção criminosa Anjos da Morte (ADM), que domina Porto Seguro, Caraíva, Pindorama e regiões. Ela considerava o namorado uma má influência.
A situação é exatamente semelhante com os pais de Suzane. Manfred e Marísia consideravam que Daniel Cravinhos era responsável pelo baixo desempenho que Suzane passou a ter na faculdade e exigiram que ela terminasse o relacionamento.
Se há 23 anos, os pais da detenta brigavam constantemente com Daniel para que deixasse a filha deles, a mãe da adolescente recebia ligações do namorado cobrando uma dívida que a adolescente tinha com o tráfico. Diante das ligações, Yana, além de pedir a separação, ameaçava denunciá-lo à polícia.
Plano e emboscada
Os planos do assassinato ganharam forma entre os dois casais. Suzane e Daniel planejaram cometer o crime na própria casa, golpeando Manfred e Marísia com barra de ferro enquanto dormiam.
Já a baiana e o namorado traficante, decidiram levar Yane até outra residência para cometer o crime com disparo de arma de fogo. A maneira da morte foi diferente, mas o modus operandi foi o mesmo.
Participação de terceiro
Na época da morte do casal Richthofen, Cristhian Cravinhos, irmão de Daniel, ajudou na execução do crime. Na segunda, 21, dia da execução de Yane, o namorado da adolescente realizou o crime ao lado de um comparsa.
Frieza pós crime
Nos dois casos, Suzane e a adoelscente atuaram como coautora. Elas não realizaram a execução, mas não demonstraram arrependimento genuíno após o crime. Segundo uma fonte policial, a baiane teria “sorrido” após a morte da mãe. Já no caso de Suzane, na época do crime, a investigação chegou a divulgar que ela não esboçou arrependimento após assumir participação.
A Tarde
Veja mais notícias no Ipiaú Online e siga o Blog no Google Notícias