Que situação: Se Bolsonaro ganhar, você aceita? E se Haddad ganhar, você aceita?

Pareceria inacreditável para um jovem participando de uma manifestação pelas Diretas Já em 1984 que em 2018 teríamos tal enigma posto nas urnas. De um lado, o Brasil de Bolsonaro, do outro o Brasil de Haddad. Como água e óleo, os dois não se misturam e parecem seguir uma rota de colisão cada vez mais iminente, com data e hora para acontecer: logo após a divulgação do resultado da votação do segundo turno.

Pelos números divulgados na mais recente pesquisa Ibope, o líder nas pesquisas Bolsonaro deverá enfrentar o herdeiro do ex presidente Lula, Haddad no segundo turno. O momento da pesquisa mostra uma perspectiva de que Bolsonaro perca. Vale porém lembrar que pesquisa não ganha eleição e surpresa acontece, como aconteceu nos Estados Unidos, na eleição de Donald Trump que derrotou a primeira colocada nas pesquisas Hillary Clinton, só para citar um caso mais recente.

Qualquer que seja o resultado no segundo turno, a pergunta que ronda a cabeça, como um presságio lógico e insistente, é : o derrotado nesse pleito acatará o resultado final?

Os grupos de centro – esquerda já demonstraram, através de passeatas, movimentos da classe artística e afins, que não estariam dispostos a dialogar com um Bolsonaro presidente, pintado por estes com o estigma de tudo que é ruim. Se Bolsonaro fosse eleito teria pela frente quatro anos de uma situação próxima da desobediência civil, a julgar pelo tipo de opinião demonstrada nesta campanha pelos grupos que se opõem a ele.

Por outro lado, líderes militares tendo o general Mourão, vice de Bolsonaro, como respresentante ideológico, já questionam antecipadamente o resultado de uma eleição em que seu candidato, abatido por um atentado, não tenha participado de parte da campanha.

Em meio a um país mergulhado numa guerra de palavras nas redes sociais ( e até com sangue derramado na vida real ) há setores do Judiciário, da classe política e outra vez do Exército, que tem se manifestado contra a possibilidade de um representante de Lula, que segue preso em Curitiba por crime de corrupção, passe a governar o país. Sendo assim, não tem para onde correr… os dois resultados representariam o que na linguagem popular chamamos de “pipino”.

Situações como essa já geraram até separatismo em alguns países.

Por hora tudo é dúvida. De certo é que se a jovem democracia brasileira sobreviver a mais este teste terá ressurgido do caos.

E operado um verdadeiro milagre.

Ipiaú Online / Celso Rommel


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