O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quinta-feira (6), a vacinação infantil contra a Covid-19. Um dia antes, a faixa etária de 5 a 11 anos foi incluída pelo Ministério da Saúde na campanha nacional de imunização.
Mantendo a posição contraria a imunização deste público, Bolsonaro afirmou que não conhece crianças que morreram de Covid-19, apesar de dados do próprio governo indicarem que houve 301 mortes de crianças no país até o início de dezembro de 2021.
O presidente considerou lamentável a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar a vacina “O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?” e repetiu que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada. A liberação, porém, foi referendada pelo seu governo: o Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira o cronograma de chegada das vacinas da Pfizer, 20 dias depois de a Anvisa ter aprovado o uso do imunizante, que tem uma dosagem menor que a dos adultos.
Por pressão de Bolsonaro, o ministério queria impor a necessidade de prescrição médica e autorização por escrito dos pais para a aplicação da vacina nas crianças. Com o resultado da consulta pública, em que a maioria das pessoas foi contrária, e da audiência, onde especialistas e secretários de Saúde deixaram claro que a medida era inviável, o ministério voltou atrás. (bahia.ba)
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