Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) aprovaram greve por tempo indeterminado após realização de assembleia geral docente no Campus Uneb de Salvador, na tarde desta segunda-feira (23).
Seguindo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), é necessária a comunicação prévia à administração pública em, no mínimo, 72 horas de antecedência ao início da greve, assim, ela só poderá ser iniciada na próxima sexta-feira (27).
Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), a greve ocorre após os professores da instituição considerarem insuficiente a nova proposta apresentada na reunião da última quinta-feira (19). A Aduneb afirma que, no encontro, foi apresentado a ter ceira proposta de reajuste salarial, com o governo propondo aumento acumulado em 13,83% em dois anos, sendo 6,79% em 2025 (4,7% em jan / 2% em jul) e 6,59% em 2026 (4,5 em jan / 2% em jul).
A associação afirmou que, apesar do reajuste estar acima da inflação, há uma defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%. Além disso, ela citou que o governo da Bahia estaria investindo menos que o mínimo previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
“O governo da Bahia ainda persiste na falta de interesse político para a resolução do problema. Os dados apresentados pelo próprio governo comprovam que os gastos públicos estão muito abaixo do limite prudencial exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Desde o início de 2023, docentes das universidades estaduais baianas tentaram negociar sem a necessidade da radicalização do movimento. Com responsabilidade, as representações sindicais participaram de 15 reuniões. Outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo”, disse a associação em nota.
Na próxima quarta-feira (25), a Aduneb irá se reunir com a Secretaria Estadual da Educação (SEC) para dar continuidade às negociações. A associação também informou que a greve cumprirá todos os requisitos legais e manterá mais de 30% dos serviços essenciais na universidade.
BN
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