A professora ipiauense Stella da Silva Lima, servidora do Governo do Estado há onze anos, passou por situação difícil ao tentar fazer uma visita a irmã que mora no exterior. Ela conta que organizou tudo para ir à região da Cantábria, norte da Espanha, para passar o final de ano com a irmã e o cunhado. Para tanto, enfrentou viagem de ônibus para Salvador e onze horas de vôo entre a capital baiana e Madrid, capital da Espanha.
No aeroporto estrangeiro da capital espanhola, onde pegaria uma baldeação para a cidade de Bilbao, ela relata ter sofrido racismo e maus tratos por parte dos funcionários do controle de passaportes que, além de não a deixarem entrar no país, ainda a submeteram a prisão injusta e a obrigaram a voltar para casa, sofrendo prejuízo das depesas feitas.
Em entrevista feita com os oficiais espanhóis, exibiu seus dois cartões de crédito internacionais com limites altos, dinheiro e provas de emprego no Brasil. Ainda assim foi tratada com rispidez, ouvindo gritos e tendo sua bagagem apreendida. Stella diz ter sido colocada em um ambiente prisional no aeroporto, onde ficou por três dias no que chamou de “um verdadeiro inferno”, até que foi liberada graças a ação de uma defensora pública espanhola.
“Nenhuma mulher branca, bem vestida foi barrada o que mostra que se você é branca e está bem vestida, eles não vão te entrevistar, não precisa ter dinheiro e documentos. Mas, se você é mulher, negra ou latina, solteira, relativamente jovem, não importa o que vista, prepare-se psicologicamente para a condenação. Você provavelmente não terá o direito de ser turista na Espanha”, comentou.
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