Professor Albione Souza fala em esperança e paz em seu poema de fim de ano

 

Um poema de fim de ano

 

Em poemas de fim de ano

Não podem faltar os planos

Enganos ou desenganos

Pois, queira ou não, isto é do ser humano

Assunto daqui mesmo, deste plano.

Arte: Jurnier Costa

 

Seja menino, homem, menina ou mulher

Movidos pelo desejo de ser ou ter o que se quer

A vida que sonhara com fé

Mas a fé sem a obra é morta

Já dizia o homem de Nazaré.

Arte: Jurnier Costa

O que planejei e deixei de fazer é autoengano

Por dúvida, preguiça ou desânimo

Se há alguma culpa não é do outro ou mesmo dos céus

Mesmo crendo nas forças divinas como combustível vital

Também acredito que cada gesto nos leva ao bem ou ao mal.

 

Aos que chegaram até aqui

Estão concluindo mais uma jornada

De janeiro a dezembro no Brasil

De Janvier a décembre na França

Aqui, ali, ou acolá é um Déjà vi de esperança.

 

Conheço um mestre vate cinquentenário

Que se alimenta do tempo

Mas se atrapalha no calendário

Ele vaticina a alegria, a tristeza, a guerra e a paz

E a cada fim de ano mira o rio da vida renovado em frente ao cais.

Professor Albione Souza é historiador e escritor ipiauense 


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