Presos pela PF em operação tinham plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

 

Divulgação PR

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Segundo a Polícia Federal, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelho’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar os já eleitos presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado”, diz a PF.

A GloboNews apurou que os militares foram presos no Rio de Janeiro – onde participavam da missão de segurança da reunião de líderes do G20.

As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e já tinham sido cumpridas até as 6h50 desta terça.

A operação, intitulada “Contragolpe”, foi autorizada no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e a sequência de atos antidemocráticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, e que culminaram nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.

Há uma expectativa de que esse inquérito seja finalizado ainda este ano.

PF recuperou arquivos eletrônicos
A PF chegou aos alvos desta terça ao analisar dados desses militares já investigados no inquérito.

Parte dos indícios veio, por exemplo, de material que já tinha sido deletado de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e foi restaurado pelos investigadores. Cid deve depor novamente à Polícia Federal nesta terça.

Outra parte, ainda maior, veio dos aparelhos celulares de outros militares.

Em fevereiro, uma operação também relacionada ao mesmo inquérito prendeu militares do Exército e um ex-assessor da Presidência e fez buscas contra uma série de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
G1


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