Os preços dos medicamentos podem sofrer aumento a partir da próxima terça-feira (1º), conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As indústrias farmacêuticas devem comunicar os novos valores à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) até a próxima segunda-feira, seguindo o calendário anual de atualização de preços. A informação é do Uol.
Reajuste pode chegar a 5,06%
A CMED ainda não divulgou oficialmente o índice de reajuste, mas estimativas do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) indicam que o aumento pode oscilar entre 2,60% e 5,06%, com uma média de 3,48%.
A variação do reajuste depende da concorrência no setor. Medicamentos com ampla oferta no mercado, como genéricos e similares sem patente, tendem a ter aumentos menores devido à competição entre fabricantes. Já os produtos patenteados ou com poucas alternativas disponíveis podem sofrer reajustes mais expressivos.
Preços têm teto regulado, mas podem variar
Em entrevista ao Uol, Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, empresa especializada em educação e soluções médicas, afirmou que a regulação atual estabelece um teto para os preços, mas descontos podem ser aplicados, fazendo com que os valores finais variem.
“Em 2024, por exemplo, identificamos medicamentos com variações superiores a 300% ao longo do ano. Um exemplo é a Rivaroxabana, anticoagulante que registrou uma oscilação de até 359%”, destacou.
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