A Polícia Civil da Bahia decidiu, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta terça-feira (15), entrar em estado de greve. O anúncio aconteceu durante uma manifestação dos servidores realizada em frente a Secretaria de Segurança Pública, na Piedade. Cerca de 700 policiais estiveram presentes no ato.
A categoria afirma que o Governo da Bahia descumpriu uma decisão judicial que determinava que o Estado se reunisse com os policiais a cada 30 dias para discutir reivindicações e propostas do grupo.
Durante a assembleia, os policiais decidiram sobre o cronograma a ser seguido nos próximos dias, caso não haja acordo entre a classe e o governo. Entre os dias 18 e 21 de março serão entregues as chaves das celas de custódia das delegacias baianas, viaturas e coletes sem condição de uso.
A partir da próxima sexta-feira (25), os delegados irão entregar os cargos e suspender as operações policiais durante 30 dias em todo o Estado. Desde esta segunda-feira (14), eles decidiram pela suspensão do cumprimento de mandados e novas representações de medidas cautelares (veja aqui).
“A situação do Policial Civil da Bahia não é nada confortável, passamos vergonha o tempo todo, não temos estrutura de trabalho, ganhamos salários baixíssimos, ficamos para trás dos outros estados do nordeste e do país. Por fim, o governo oferece um reajuste de 4% é inadmissível, preciso é que o governo retome o diálogo sobre salário de nível superior, cumprindo a lei e devolvendo dignidade para a categoria ou então é greve”, frisou Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc.
BN
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