A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (22) corte de 4,5% no preço de venda de óleo diesel por suas refinarias. A redução equivale a R$ 0,18 por litro, com o preço médio passando a R$ 3,84 por litro a partir desta quinta (23).
É a segunda redução no preço do combustível desde a posse do indicado de Lula ao comando da companhia, Jean-Paul Prates, movimento que deve aliviar a pressão sobre as bombas com o aumento da mistura de biodiesel e a mudança no modelo de cobrança do ICMS no início de abril.
Considerando que o diesel vendido nos postos tem 10% de biodiesel, o impacto da decisão da Petrobras no preço final será, em média, de R$0,17 por litro.
“Essa redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, afirmou a companhia.
O movimento era esperado pelo mercado, já que a Petrobras vinha praticando preços acima da paridade de importação conceito que simula quanto custaria para importar o produto há cerca de duas semanas.
Na abertura do mercado desta terça, por exemplo, o preço médio do diesel nas refinarias da estatal estava 3%, ou R$ 0,10 por litro, acima da paridade, segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Nas bombas, o preço do diesel vem em queda há seis semanas, como reflexo dos dois cortes promovidos pela estatal em 2023 o primeiro foi no início de janeiro, ainda antes da posse de Prates.
Na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) o preço do diesel S-10 caiu 0,5%, ou R$ 0,03 por litro, para R$ 5,97 por litro. É o menor valor desde agosto de 2021, considerando a inflação do período.
O produto, porém, será pressionado em abril com a nova alíquota única de ICMS, que é maior do que a atual, e com o aumento da mistura de biodiesel de 10% para 12%, que acrescenta ao menos dois centavos por litro.
A nova alíquota única do ICMS será de R$ 0,95 por litro, ou R$ 0,13 mais cara do que a alíquota média vigente na primeira quinzena de março, segundo as contas do consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação dos combustíveis. (AB)
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