O pastor Marcos Gladstone, criador da Igreja Cristã Contemporânea, enfrenta críticas e reforça a missão da instituição em acolher pessoas LGBTQIA+ dentro do cenário evangélico. Gladstone, que abandonou a igreja evangélica tradicional ao se descobrir LGBTQIA+, destaca que a cura gay é uma falácia e que “a bíblia nunca condenou uma relação de amor”. As informações são do Portal Metrópoles.
A “igreja gay” realizou um retiro espiritual durante o Carnaval, reunindo aproximadamente 250 participantes. Surgida em 2006, a comunidade é uma resposta à necessidade pessoal do pastor, que sentiu a chamada de Deus após sua própria jornada de autodescoberta. “Deus falou comigo, claramente, que ele me amava do jeito que eu era e não adiantava eu fugir de mim. Porque onde eu fosse, Deus me amaria e me aceitaria do jeito que eu era”, destacou Gladstone.
Frente às críticas, o pastor defende a comunidade com base nos ensinamentos bíblicos: “A gente tem a mente e o coração blindado pelo amor de Deus. Não nos permitimos que essas críticas entrem em nosso coração. A resposta que a gente dá é com a própria palavra de Deus”.
Gladstone reforça a ideia de que a bíblia não condena relações de amor, fidelidade e respeito entre duas pessoas, e critica veementemente os chamados “falsos profetas” que pregam a “cura gay”. Para ele, a cura gay é uma enganação e uma mentira, e quem prega tal ideia é classificado como um “mentiroso, um falso profeta”.
“A verdade é que a bíblia nunca condenou uma relação de amor, fidelidade e respeito entre duas pessoas. O sexo condenado no antigo testamento era um sexo entre iguais no sentido de idolatria. Em nenhum momento da bíblia você verá a intimidade, o amor entre duas pessoas, em fidelidade, sendo condenado”, ressalta o pastor.
A Igreja Cristã Contemporânea acolhe atualmente membros LGBTQIA+, transexuais, assim como pessoas cis e heterossexuais.
“Nunca foi a proposta do evangélio curar LGBTIQIA+. Você nunca verá um homoafetivo sendo curado. Quem pregar algo diferente é um mentiroso, um falso profeta”, afirma o pastor.
Segundo Gladstone, muitos de seus fiéis são indivíduos que se sentiram desapontados com a religião tradicional e optaram por deixar essas instituições, sendo denominados pelo pastor como “desigrejados”. Atualmente, a instituição é considerada a maior entre aquelas que acolhem a comunidade LGBTQIA+.
Correio24Horas /Juliana Barbosa
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