Para vencer desigualdade, falta vontade política de quem governa o mundo, diz Lula na ONU

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira, 19, que países em desenvolvimento, como o Brasil, não querem repetir o modelo de países desenvolvidos que cresceram, segundo ele, a partir de um modelo baseado na emissão de altas taxas de gases poluentes. Lula disse que a emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implantação de normas que já foram acordadas.

“Países ricos cresceram com modelo baseado em altas taxas de emissão de gases (…) 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo carbono lançado na atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo”, disse o presidente do Brasil, durante a 78ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ao reforçar que provará, mais uma vez, que o modelo justo e ambientalmente sustentável é possível de ser implementado.

Lula afirmou que o Brasil está na vanguarda da transição energética, com uma das matrizes mais limpas do mundo. Ele citou que 87% da energia elétrica do País provém de fontes de energias renováveis.

O presidente do Brasil disse ainda que, desde o início do governo, o Brasil retomou uma agenda robusta de fiscalização e combate a crimes ambientais na Amazônia.

“Ao longo de 8 meses, o desmatamento na Amazônia já foi reduzido em 48%. O mundo inteiro sempre falou da Amazônia, agora é a Amazônia que está falando por si mesma”, afirmou Lula.

Giordanna Neves, Sofia Aguiar, Eduardo Laguna e Gustavo Nicoletta/Estadão Conteúdo


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