Opinião Elson Andrade: Você acredita na fiscalização do Legislativo? 

Caro leitor(a), para que você consiga entender de forma proveitosa o cerne do que será abordado aqui, façamos um trato: – Não siga adiante no texto, sem antes tentar resolva o exercício abaixo.

Responda da sua melhor forma e critério a questão abaixo, tá ok?

O teste acima tem por objetivo, mensurar os critérios e acuracia que as pessoas normalmente usam nas suas análise dos problemas e tomam decisões, bem como, qual o processo que adotam para solucionar os desafios que a vida circustancialmente nos oferece.

No caso em tela, há inúmeras respostas possíveis (conforme critério pessoais de QUALIdade x QUANTIdade).

Nas decisões de um vereador/deputado, sempre haverá uma intrigante decisão, a se decidir, por um dos possíveis caminhos: o da qualidade versus o da quantidade. Ou seja, atender aos critérios técnicos ou populares, da justiça ou do direito, da moral ou do legal…

No caso concreto do exercício acima (do ponto de vista regimental) ainda há que observarmos as regras estabelecidas na magistrada matemática:

1.    Primeiro a parte geométrica (que representa a concentração da preferência prevalecente);

2.    Segundo, a parte aritmética (que representa o poder comum, natural);

A final, como na vida em sociedade não?

Vamos a “resolução” do problema:

No caso da figura 45/3=15 (com polígono de 15 lados);

No caso da penca de banana (23-15)/2=4 (com 4 bananas na penca);

No caso do relógio (10-4)/2=3 (marcando 3 horas);

Conforme o preparo, técnica e acurácia do vestibulando, há varias “soluções”, que são:

a)    3+4+4+15=26 para a grande maioria (os comuns);

b)    3+4+(4*15)=67 para os retos, (obedientes incontestes das regras);

c)    3+3+(3*15)=51 para os melhores, (adotou-se o critério da quantidade da penca de banana);

d)    2+3+(3*15)=50 para os fiscais natos (adotou-se o critério da quantidade da penca de banana e da qualidade das horas apontadas no relógio);

e)    2+3+(3*11)=38, para os “controllers” inquestionáveis (adotou-se o critério da quantidade da penca de banana e lados da figura, e da qualidade nas horas do relógio);

Assim como na vida, até você apurar do que tratam as questões envolta, há muitas pegadinhas e ilusões antes da acurácia, tempo demandados, paciência, honestidade… Neste exemplo, são quatro os critérios, aos quais um excelente parlamentar, não poderia se furtar a análise nas suas considerações e decisões; na condição e função a qual fora eleito:

Todos os polígonos anteriores formam quinze lados. O da questão, não tem o quadrado central, portanto 4 lados a menos = 11;Os demais cachos de banana possuem 4 bananas. No entanto, o da questão, apenas 3 bananas;Os relógios anteriores marcam 3 horas, mas o da questão, apenas 2 horas;A última pegadinha é recorrente: primeiro devemos somar, subtrair, multiplicar ou dividir, ou seja, qual operação matemática na ordem de preferência;Assim temos um cacho com 3 (três) bananas x 11 (onze) lados do polígono = 33 + outro cacho com 3 bananas + um relógio marcando 2 (duas) horas, portanto (3×11)+3+2=38. Logo, a resposta mais criteriosa, trabalhosa e correta é 38.

LIÇÕES APRENDIDAS:

1.    Um bom vereador/deputado é meticuloso;

2.    Não processa as causas por embalo aparente (oba-oba populista/governista);

3.    Tem critérios antes da adesão automática (obtém dados e os analisa criteriosamente);

4.    Não deve ter preconceitos de: Raça, cor, religião, gênero, origem, classe social, grau de instrução…;

5.    Não “pode” ou deve ser ansioso, tudo construído e checado a seu tempo;

6.    Deve tem pleno conhecimento das causas e clareza de: – a quem interessa o resultado do pleito;

7.   Registra as ressalvas do mérito da questão e seu resultado(os), a fim de deixar claro os princípios da: Transparência, impessoalidade, equidade, retidão, razoabilidade e moralidade.

Diante do exposto, pergunto:

1.    Você acredita que seu vereador/deputado é criterioso nas suas tomadas de decisão?

2.    Você imagina quais sejam as causas que levam a maioria das casas legislativas, a formarem dois blocos: a Turma do a que preço, contra a Turma do Amém?

3.    Vereador/deputado tem preço? Quanto vale o seu?

4.    Você sabia que esta legislatura da Câmara Municipal de Ipiaú-BA, por exemplo, vai nos custar diretamente, cerca de R$ 15 milhões pelos 4 anos?

5.    Qual o seu critério de benefício/custo de uma legislatura e/ou da atuação do seu vereador/deputado?

6.    Na sua visão e opinião, qual o real papel e postura de um vereador/deputado honesto, frente ao Bem Comum duma cidade/estados/país?

7.    Quão distante você se encontra deste ideal?

8.    O que você pode/deve fazer para atingir este ideal?

9.    O último vereador/deputado que você votou, quais foram os seus critérios… você checou?

10.  Se no seu município, o lixo é a razão de ser… é porque tá faltando critério e apuração;

11.  Sinceramente, o que lhe fez votar neste, ou contra aquele? Deu certo sua aposta?

Bom… se os cidadãos comuns bem soubessem como são feitas as linguiças, as leis, o sistema de comunicação e a contabilidade bancária… não nos denominaríamos de cidadãos, mas sim, de DESCONFIADOS SOCIAIS. #Fica a dica!

Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar a leitura.

https://www.youtube.com/watch?v=vC9W3pelXDw

Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando Instituto de Economia da Unicamp.


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