É falsa a sensação de alívio que atinge os motoristas nesta quarta feira (30 ) por causa da chegada dos combustíveis às bombas. Na realidade, o fato de o governo ter conseguido realizar uma operação de guerra para entregar pequenas quantidades de gasolina aos postos não significa que a situação esteja normalizada. O Brasil chega ao décimo dia de greve e não há ainda demonstração real de que a paralisação esteja sendo finalizada. Agora chega também o agravante de uma nova greve: a dos petroleiros.
Mas o que preocupa na verdade é que chegue um pouco de gasolina no tanque mas falte feijão na panela. Estoques de alimentos continuam apodrecendo nas estradas, enquanto o país agoniza em busca de culpados pela crise avassaladora.
A maioria apóia a greve dos caminhoneiros como instrumento político para derrubar o governo de Michel Temer. Mas vale lembrar um detalhe que não pode passar desaparcebido: não se fala em diminuição no valor da gasolina e do etanol, que é o combustível usado pela grande maioria. Hoje a gasolina está sendo vendida na região de Ipiaú a práticamente cinco reais o litro. Será que estamos apoiando um movimento que defende realmente o interesse de todos ou de apenas um setor?
Se é para parar o Brasil, pelo menos que seja por algo com resultados práticos, já que ao abastecer depois de esperar na fila a impressão que se tem é de que o filme da semana passada é o mesmo que estamos vendo hoje nos postos.
Celso Rommel / Ipiaú Online
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