No meio das angústias gerais, o corona detonou também o forró

Óbvio que ninguém arrisca dar um chute agora sobre o tamanho do rombo que o corona vai deixar, mas também ninguém duvida: pelo estrago já feito, é enorme, imenso, devastador.

Veja você. O Comitê Olímpico Internacional anuncia o adiamento das Olimpíadas de Tóquio, previstas para outubro, para 2021. Isso é lá do outro lado do mundo. Cá, Campina Grande, na Paraíba, o maior apanágio do forró nordestino no São João, foi adiado para outubro (se der, claro).

Sofrimento – Uma ducha fria para o que ainda restava de esperança para o pessoal do forró, como o cantor Zelito Miranda. Ele vislumbra um cenário que só piora.

– O São João é a maior festa da Bahia. Vai ser muita gente sofrendo, da produção a instrumentistas, sem ter o que comer, milhares de pessoas passando necessidade. Estamos começando a viver dias muito tristes.

Adelmário Coelho, outro top do forró, cancelou em Lençóis o Santo Forró. Targino Gondim, outra festa em Itacaré, e os anúncios de cancelamentos de festas se sucedem.

Zelito diz que assiste a tudo isso, vendo o circo desmoronar, faz um apelo para que olhem por eles, mas esbarra noutra questão: Rui Costa, assim como ACM Neto, diz que a prioridade absoluta do momento é conter a doença, ou segurar o corona. O tamanho do estrago dessa crise que nunca se viu só depois. Mas já deixa 2020 na história como o ano em que o forró dançou.

A Tarde / Levi Vasconcelos


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