O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta segunda-feira, 12, no cercadinho do Alvorada, ser alvo de boicote de “gente importante”.
“Os problemas fazem parte. Sabia que ia ser difícil, mas esperava contar com mais gente importante do meu lado. Lamentavelmente, muita gente importante aí boicota”, acusou Bolsonaro a apoiadores.
Na semana passada, também na frente do Palácio do Alvorada, Bolsonaro subiu o tom com ameaças e, novamente sem apresentar provas, insistiu que as eleições seriam fraudadas, com resultado já estaria definido e risco de não haver o pleito no ano que vem no país.
A fala do presidente gerou reações dos Poderes. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 “configura crime de responsabilidade”.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não aceitará retrocessos à democracia do país e quem agir nessa direção será considerado inimigo da nação.
Ainda no cercadinho do Alvorada hoje, Bolsonaro acusou os resultados do Instituto Datafolha de serem comprados. Entre os levantamentos publicados, 63% dos brasileiros consultados afirmaram que o presidente é incapaz de liderar o Brasil.
“Acho que o Datafolha recebeu pouca grana dessa vez. Diz que no 2º turno, o Lula tem 60%. Tem que botar mais um dinheirinho para o Datafolha passar para 70% ou 80%. Quem sabe e a gente confiar no Datafolha, nem precisa ir votar, já está eleito mesmo. O Datafolha disse que eu perderia para todo mundo, até para o Cabo Daciolo”, atacou.
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