Na Colômbia cidadãos são presos pelos pés por desrespeito a quarentena

Na última semana, a prefeitura municipal de Tuchín, em Córdoba, na Colômbia, aumentou a punição aos moradores que desrepeitam as regras de isolamento social decretadas para evitar o avanço do novo coronavírus na região.

Agora, aqueles que são flagrados vagando pelas ruas sem motivo, infringindo a quarentena obrigatória, podem receber o castigo de serem presos pelos pés em uma estrutura de madeira conhecida como cepo em uma das praças públicas da cidade.

“Aumentamos a base de força no município, juntamente com a Guarda Indígena, o Exército e a Polícia. Pessoas que não estão cumprindo as medidas obrigatórias de isolamento estão sendo punidas”, explicou, em seu Facebook, o prefeito Alexis Salgado.

No primeiro dia da utilização do cepo, pelo menos uma dúzia de pessoas ficaram presas por meia hora.

De acordo com Salgado, apesar de não utilizada há alguns anos, a medida é prevista em lei e já fazia parte da tradição do povo indígena Zenú, da qual a população de Tuchín é descendente. Ele explica que a aplicação desse tipo de sanção permite que os moradores mantenham sua identidade.

“Para preservar a estrutura institucional e respeitar os usos e costumes do povo Zenú, essa articulação está sendo realizada. Queremos ser um exemplo de respeito e demonstrar que, apesar da diversidade existente em nosso território, as instituições estão se unindo para proteger a saúde de todos”, disse ao jornal local “El Tiempo”.
A punição, apesar de não ser usada há anos, está prevista na legislação.

O prefeito afirmou que, em poucas horas da aplicação do castigo, os resultados foram favoráveis e o tráfego de pessoas nas ruas diminuiu. “Se impusermos uma sanção econômica, a grande maioria não terá como pagá-la, mas se recorrermos a essas práticas típicas de sua cultura, as estamos fazendo com que cumpram as leis e mantenham vivas suas tradições.

Segundo o site oficial da Prefeitura, Tuchín tem cerca de 35 mil habitantes. Em uma entrevista a rádio local “Blue”, o coordenador da Guarda Indígena Zenú, Misael Suárez, disse que no primeiro dia que o cepo foi usado para punir os que não estavam cumprindo a quarentena, pelo menos uma dúzia de pessoas tiveram os pés presos por meia hora numa espécie de “socialização”. A intenção é aumentar o tempo desse castigo.

O tempo de meia hora com os pés presos deve aumentar nos próximos dias.

Época


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