Na Bahia, Lula assina decreto que regulamenta a Lei Paulo Gustavo

Foto: Ricardo Stuckert

Em um grande ato na Concha Acústica do Teatro Castro Alves na capital baiana, realizado na noite desta quinta-feira, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Cultura, a baiana Margareth Menezes, assinaram o decreto que regulamenta a Lei Paulo Gustavo, que destina um investimento R$ 3,8 bilhões ao setor cultural no Brasil.

Em seu discurso, o chefe do Executivo brasileiro, como quase sempre, fugiu do protocolo. Logo que ia começar a falar, o petista foi interrompido por uma mulher que subiu ao palco e o abraçou. Lula então, emocionado, começou a discursar de improviso.

“Esse país tinha se tornado o mais alegre do mundo, o mais otimista do mundo, chegou a ser a sexta economia do mundo. Parece que o destino nos jogou uma praga de quatro anos e gerou mulheres como essa desesperada. As pessoas voltaram a passar fome no país. Esse país não nasceu para ter uma parte dele miserável ou analfabeta. Esse país precisa mudar”, defendeu o presidente.

Lula disse que a cultura tem papel fundamental nessa mudança e falou da importância do investimento no “Os ignorantes desse país precisam entender que cultura não é gasto, pornografia ou coisa menor. Cultura é o jeito de a gente falar, comer, falar, dançar, andar, cantar, pintar… Significa emprego, milhões de oportunidades de gente que precisa comer. Os ignorantes fiquem sabendo: a cultura voltou nas mãos de uma mulher negra da Bahia para fazer a revolução cultural necessária”, disse em referência à ministra da Cultura.

Dos R$ 3,8 bilhões destinados a partir da Lei Paulo Gustavo, R$ 2 bilhões serão destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios. Os governos deverão utilizar o sistema da Plataforma TransfereGov a partir do dia 12 de maio e terão 60 dias, contados desde esta data, para registrarem os planos de ação, que serão analisados pelo Ministério da Cultura (MinC) que deverá liberar os valores após a aprovação de cada proposta.

Com R$ 286 milhões previstos para a Bahia, o presidente se dirigiu ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) em tom de brincadeira para dizer que ele poderia conseguir mais.

“Se você for mais esperto, for mais a Brasília e bater mais na minha porta, quem sabe possa vir um pouco mais”, disse o presidente, voltando a garantir apoio ao chefe do Executivo baiano para a construção da Ponte Salvador-Itaparica e a reativação do polo automobilístico de Camaçari.

“A boa governança da Bahia vai continuar. O Jerônimo tem a obrigação de governar melhor do que Rui e Wagner. O que Jerônimo não conseguir fazer, pode pedir a ajuda de Lulinha aqui para poder realizar. Amanhã vou para o Ceará, mas logo logo volto à Bahia porque tem colégio de tempo integral para inaugurar”, disse o petista finalizando o discurso.

Antes de Lula, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em seu discurso ressaltou a importância e a representação da Lei Paulo Gustavo para atender “o grito de socorro” do setor cultural.

“A Lei Paulo Gustavo foi fruto do apelo da sociedade civil e da sensibilidade do congresso que ouviu o grito de socorro do setor cultural, que estava na fila do osso. O presidente Lula sabe que nós baianos precisamos dessas politicas públicas de reparação. Estamos em uma região que só começou a crescer no seu governo”, comemorou a ministra.

Em seu discurso, a ministra lembrou da homenagem que o ator Paulo Gustavo, falecido em 4 de maio de 2021, vítima do Covid-19, recebeu tendo seu nome batizando a lei de incentivo a cultura.

A Tarde


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