A mulher de Lázaro Barbosa, o serial killer procurado pela polícia do Distrito Federal, falou com exclusividade ao repórter Roberto Cabrini do Domingo Espetacular. Helen disse que Lázaro é um bom marido, um bom pai (eles têm uma filha de dois anos) e que o criminoso não irá se entregar. “Ele está para matar ou morrer”, afirma.
Roberto Cabrini – Como está sua vida?
Helen – Assim, virada de cabeça para baixo, muito arrasada, triste com a situação que está acontecendo…
RC – Você tem uma filha de dois anos. Como vai contar tudo isso para ela?
Eu prefiro nem pensar. Sempre tem coleguinha de escola, outra família que relata. A a gente sempre é curiosa. E, com toda essa repercussão, ela acharia na internet se eu não falasse, então não tem jeito: eu falando ou não, ela vai ver.
RC – Como era o Lázaro?
Ele era um bom marido, entendeu?
RC – Defina “bom marido”.
Todo casal tem suas brigas, sua arrogância, mas, de [ter] agressão a mim, não.
RC – Você nunca notou nenhum tipo de agressividade por parte dele?
Não. Só arrogância mesmo, às vezes, era arrogante, né. Até eu mesmo sou arrogante, todo mundo tem uma parte de arrogância sua, mas agressão a mim, não.
RC – Você pretende que sua filha continue tendo contato com ele?
Sim.
RC – Mesmo que isso signifique uma visita à prisão?
O amor dele pela filha dele é verdadeiro.
RC – E o amor dele por você?
O amor dele por mim é verdadeiro também, mas eu acho que não quero mais viver essa vida porque, mesmo ele estando preso, tenho que estar junto, se eu for ter que visitar ele. Ele foi uma pessoa boa pra mim, mas a confiança acabou.
RC – Você tem receio que o Lázaro seja morto?
Tenho, porque ele não quer se entregar.
RC – Como você acha que está a mente dele?
Acho que ele está ali, pelo jeito, para matar ou morrer, porque ele não quer se render, não quer se entregar.
RC – Você tem recebido ameaças?
Eu ouço boatos. Hoje mesmo a mulher me falou para eu não andar na rua porque tem muita gente comentando em ônibus: “Por que não pega a mulher dele e mata? Corta o pescoço e mata para ver se atinge ele, já que ele não se entrega”, entendeu? Então, a gente tem medo.
RC – Você acha justo que ele seja visto como monstro?
Pelo que ele fez… Não como monstro, mas como um assassino, né? Muito cruel.
RC – Você tem acompanhado as descrições que as pessoas têm feito a respeito dele?
Sim.
RC – Você tem recebido ameaças?
Eu ouço boatos. Hoje mesmo a mulher me falou para eu não andar na rua porque tem muita gente comentando em ônibus: “Por que não pega a mulher dele e mata? Corta o pescoço e mata para ver se atinge ele, já que ele não se entrega”, entendeu? Então, a gente tem medo.
RC – Você acha justo que ele seja visto como monstro?
Pelo que ele fez… Não como monstro, mas como um assassino, né? Muito cruel.
RC – Você tem acompanhado as descrições que as pessoas têm feito a respeito dele?
Sim.
RC – O que você tem ouvido falar sobre ele nos últimos dias?
Que ele é maníaco, né? Psicopata… Que, quando ele ia roubar, ele fazia as pessoas tirar a roupa. Eu acredito, mas é… não consigo aceitar.
Helen faz um apelo a Lázaro.
Você sabe que, independente do que aconteceu, todos nós te amamos. Não apoiamos o que você fez jamais. Mas estamos aqui. A gente não apoia o que você fez, mas a gente te ama pelo o que você foi com a gente. Pare de fazer vítimas, pare de atirar nos policiais porque é o trabalho deles. Eles também têm família, tem filhos, esposas. Então, se você estiver assistindo, a gente só pede que você se entregue e pague pelo que você fez.
RC – Que tipo de criação o Lázaro teve?
Ele dizia pra mim que o pai dele foi uma pessoa muito ruim: batia na mãe dele, judiava dele. Tanto que, uma vez ele, foi tentar separar a agressão física do pai, e o pai dele jogou uma cadeira na cabeça dele. E desmaiou.
R7
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