Mourão avalia que soltura de líder do PCC pelo STF não foi acertada: “o cara já sumiu aí no mundo”

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), avalia que o habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, que colocou em liberdade André do Rap, apontado pelo Ministério Público de São Paulo como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), obedeceu “a letra fria da lei”, mas que não foi “a melhor escolha”.

“Quando você vai analisar alguma transgressão você tem que analisar a pessoa do transgressor. Se o camarada é um transgressor contumaz você vai dar um tipo de punição para ele, se é a a primeira vez é outro tipo de punição. Eu acho que não foi a melhor decisão a ser tomada pela periculosidade do marginal. Tanto é que o cara já sumiu aí no mundo”, lembrou Mourão ao jornal Estado de São Paulo.

O vice-presidente da República acredita decisão poderia ter sido outra se o ministro do STF “tivesse analisado melhor quem era pessoa quem estava sendo dada o habeas corpus”.

A decisão de Marco Aurélio foi suspensa pelo presidente da Corte, o ministro Luiz Fux, no último sábado, (10), mas o criminoso já havia deixado o presídio e, segundo informações do setor de inteligência da polícia paulista passada pelo governador de São Paulo, ele fugiu para o Paraguai após deixar a prisão. A decisão da suspensão da liminar de Fux será apreciada pelo plenário do STF nesta quarta-feira, 14.

Questionado se o caso teria gerado um desgaste no Supremo, o vice-presidente da República afirmou ter ocorrido “reverberações” na população e que compete à Corte a “correção”.

“A sociedade não aceita mais decisões que colocam em risco ela própria. Isso gera uma reverberação, principalmente na porção mais esclarecida da sociedade, mas compete ao próprio Supremo corrigir isso aí”, declarou Mourão ao Estadão.


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