A notícia da prisão do diretor do Colégio Estadual de Tempo Integral Octacílio Manoel Gomes (CEOMG), Hélio Camilo, ocorrida nesta terça-feira (27), por homicídio e estelionato, além de falsificação de documentos, deixou os moradores de Ubaitaba, no sul do estado, perplexos. Isso porque, apesar do histórico de crimes, ele era considerado um bom professor e um bom diretor. Logo após a prisão, o assunto dominou as rodas de conversa na cidade de 17 mil habitantes.
Muitos recorreram às redes sociais para registrar a perplexidade e a indignação. Uma jovem escreveu: “Meu Deus, nem parece que ele estava me dando conselhos outro dia”. Outro estudante relatou: “Perdi meu diretor, o melhor que já tive”. Mais um aluno disse: “Ele foi meu melhor professor, não posso acreditar nisso”.
Antes de assumir a direção da escola em Ubaitaba, Hélio foi professor e vice-diretor escolar em Maraú, uma cidade vizinha também no sul da Bahia. Ele se descrevia na biografia do Instagram como professor de inglês, espanhol, português e biologia. Uma mulher desabafou: “Estamos tristes e decepcionados”.
Houve também quem ficasse indignado. Um homem escreveu: “Infiltrado dentro de órgãos públicos, concursado e os órgãos não identificaram um bandido de alta periculosidade”. Uma mulher também se manifestou: “Deixaram um assassino tomando conta das nossas crianças”, disse.
Hélio não ofereceu resistência e se entregou aos policiais. Ele estava preso em Minas Gerais, cumprindo pena por homicídio, mas fugiu em 2009. Primeiro, ele foi para Rondônia, onde passou a ser investigado por estelionato. Depois, ele fugiu para a Bahia, onde prestou concurso e foi aprovado pela Secretaria Estadual da Educação (SEC).
A pasta se manifestou em nota. “Após tomar conhecimento dos fatos, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia, de imediato, exonerou o servidor do cargo que exercia e está adotando todas as medidas cabíveis à situação”, diz a nota.
Correio24Horas
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