Mais de 80 policiais vão às ruas após onda de violência tomar conta de cidade baiana

Haeckel Dias/Polícia Civi

Na primeira quinzena deste ano, Feira de Santana, no centro-norte do estado, registrou 18 homicídios, quatro deles dentro do Conjunto Penal da cidade, onde detentos foram decapitados pelos colegas de prisão. Nesta sexta-feira (13), a Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia do Interior (Depin), deflagrou a Operação Pacificatio para reprimir os crimes contra a vida e o tráfico de drogas no maior município do Nordeste.

Mais de 80 policiais participam da ação, que mira 10 bairros de Feira. Os agentes cumprem medidas judiciais e apuram denúncias que chegaram à polícia por meio do Disque Denúncia 181 da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). Até às 9h, dois homens foram presos e dois adolescente apreendidos. Também foram encontradas porções de maconha, cocaína, uma pistola 9mm e um revólver calibre 38

“Além da força e do trabalho integrado, temos resultados de inteligência policial sendo empregados para neutralizar as ações criminosas nesta região”, comentou a diretora do Depin, delegada Rogéria Araújo.

Participam da operação, policiais da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati) do Depin e Cati Leste, de Santo Antônio de Jesus, das Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) de Feira de Santana, de Itaberaba, de Santo Amaro, de Santo Antônio de Jesus e de Serrinha, além das Delegacias de Furtos e Roubos (DRFR/Feira), de Homicídios (DH/Feira), para o Adolescente Infrator (DAI), Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas em Rodovias (Decarga) e as 1ª e 2ª Delegacias Territoriais (DTs), de Feira.

Mortes

O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), José Antônio Maria, viajou à cidade para acompanhar a apuração das mortes dos detentos. De acordo com o ele, as investigações ainda estão em curso, mas já foi possível identificar seis prisioneiros que teriam participado das mortes dos colegas. Um deles teria confessado o crime.

Após os assassinatos, foi preciso transferir mais de 60 presos para outros presídios baianos. As mortes dentro do Conjunto Penal têm relação direta com um “racha” em um grupo criminoso, por causa de disputa de poder dentro da facção.


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