Macroeconomia para leigos – Como Ipiaú poderia ter inteligência econômica e a consequente prosperidade coletiva?

Para iniciarmos, vamos a definição clássica de Macroeconomia. Que é o ramo/matéria da economia que estuda, em escala global (o chamado agregado) por meios estatísticos e matemáticos, os fenômenos econômicos e sua distribuição em uma estrutura de mercado, território e setor econômico; correlacionando os dados e elementos, como: a renda, o nível dos preços, a taxa de juros, o nível da poupança e dos investimentos, a balança de pagamentos de um dado território, além do consequente nível de desemprego, abastecimento e satisfação das demandas duma sociedade econômica.

Muitos tem a curiosidade – Como de fato funciona a economia de Ipiaú? Em números, origem, destino, produção, distribuição e multiplicação do dinheiro, da riqueza e dos recursos naturais da nossa economia. Quem lucra, quem perde? Quem consome anos a fio da vida e não sai do lugar… Quem? Como? Quanto? Por que? (…)

Em primeiro lugar, lembrar que não somos uma ilha isolada, e portanto, estamos mergulhados numa economia de porte nacional, complexa, SOB A ÉGIDE E DETERMINISMO DO REAL, finaceirização de consequencias cada vez mais global. Onde e quando, Ipiaú não está isolada.

Contraste gritante, ao registrar que não gozamos dos benefícios de estarmos no patamar da média nacional. Longe disto, inclusive!

Por exemplo, a Renda Média nacional (2019), foi de R$ 35 mil por ano-habitante. Enquanto a Renda Média de um ipiauense, segundo o IBGE, regrediu (desde 2016) e ficou na casa dos R$ 9 mil por ano-habitante. Isso significa que se tivéssemos igual a média nacional, teríamos gerado em nosso economia, R$ 1,25 bilhão A MAIS por ano. Isto é o valor que nos falta para sermos considerados medíocres (estar na média).

Não chegamos a este mísero patamar por obra e graça do destino, ou pelas condições climáticas ou desastres naturais. Tudo isto é o produto das nossas relações econômicas, muitas vezes egoístas e/ou malandras – Como ter levado a cacauicultura a dependência de financiamentos rurais governamentais e toda a malandragem política desde a liberação de recursos, e em seguida, correr atrás de deputados correligionários para ter o perdão da dívida às custas do governo (lucra no privado e onerar o público). Ou ainda, carreando riqueza para fora ao esbanjar na capital, e, até no exterior (pobre fazendo pobrice, de forma egoísta).

O baixo investimento local, no tecido social e nas firmas (fazendas e empresas) produtoras, geradoras de riquezas reais, nos levaram a um alto grau de empobrecimento e dependência financeira, via transferências intergovernamentais do governo do Estado e fundamentalmente do Governo Federal. Além da viciada dependência do INSS e do Bolsa Família. Ipiaú hoje, a grosso modo, é uma economia rebocada, aposentada, dependente dos recursos vindos de fora. (No público e privado). Nem parece estarmos na região da zona da mata. Lamentavelmente!

Muletas que matam, talvez esse deveria ser o título deste artigo!

O investimento público foi aviltado, pois os ipiauenses contribuem aos cofres municipais apenas, com cerca de 1/10 do Orçamento Municipal Anual (LOA). Valor este, que cerca de metade é só para custear a Câmara Municipal. A pergunta é: – para que de fato nos serve? Só para posarmos de democráticos? Ou cabide de emprego advindo da loteria eletiva populista engnosa?

Na excepcional série de vídeos abaixo, o prof. José Kobori, explica, de forma bem simples, como funciona uma economia e quais as consequências das nossas decisões e práticas, afetando o conjunto da sociedade.

Para aqueles que não se entregam, e que não têm PREGUIÇA de estudar e se aprofundar no desenvolvimento social e econômico da nossa microrregião, este é um excelente exercício que poderá lhe ajudar muito na compreensão de como chegamos ao retrocesso e baixo índice de desenvolvimento econômico local.

Em tempos apocalípticos, sugiro aos mais astutos, assistirem aos 10 vídeos abaixo, como reflexão e aprendizado, complementares à leitura.

Série de textos clássicos do IOL, não recomendado para os fracos, sabichões e godelas.

Para ver este e outros artigos desse mesmo naipe, abra no site, a aba AGENDA 2033 e leia e releia (a qualquer tempo) vários outros artigos que tratam do nosso desenvolvimento local microrregional.

Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando do Instituto de Economia da Unicamp.


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