A iniciativa do governo federal em facilitar a circulação de armas vai viabilizar o crescimento nas vendas em até cinco vezes mais nas lojas especializadas do ramo estabelecidas em Salvador. O cálculo médio representa o aumento de duas para até 10 armas por semana, de acordo com números obtidos em uma das maiores lojas de armas de Salvador, tomada como referência.
A lojista pediu sigilo do nome do estabelecimento por não considerar oportuna a divulgação da expectativa de aumento nas vendas, devido à polêmica criada em torno do decreto presidencial.
A representante da loja informou que o processo para autorização de compra de uma arma continua com todas as exigências anteriores, desde teste psicológico até a certidão negativa de inquérito policial, entre outras solicitadas pela Polícia Federal.
– O que mudou, e é aí que está a expectativa de aumento nas vendas, é a ampliação do número de categorias profissionais habilitadas a obter o armamento, como advogados e jornalistas, entre outras – disse a representante da loja de armas, também sob anonimato.
A arma mais em conta, hoje, é a pistola 838C, que custa, à vista, R$ 5.048, mas pode ficar mais cara se for comprada parcelada, no cartão, em razão dos juros do financiamento. As mesmas lojas de armas oferecem cursos de tiro e vêm aumentando o número de alunos desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, que teve entre sua principal promessa de campanha o armamento civil como forma de facilitar o enfrentamento de criminosos. Por um investimento de R$ 600, em seis horas de aula, entre teoria e prática de 60 disparos, o aluno sai com conhecimentos mínimos de tiro, mas precisará ainda aprimorar-se com a continuidade do uso do equipamento.
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