Justiça veta pesquisa eleitoral ligada a coordenador do PT na Bahia; nova empresa faz registro no TSE 12 minutos após a decisão

Após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) barrar a pesquisa de intenção de votos feita pelo instituto Opnus, na última sexta-feira (29), uma nova empresa apresentou registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de uma nova sondagem eleitoral apenas 12 minutos após a decisão da Corte baiana. Além disso, o Opnus, cuja pesquisa foi contratada por uma rádio ligada ao coordenador da campanha de Jerônimo Rodrigues, Diogo Medrado, registrou um novo levantamento neste domingo (31), como forma de burlar a decisão judicial.

A nova empresa trata-se do Instituto França, que informou ao TSE não ter sido contratada por ninguém e que o custo da sua pesquisa – estimada em R$ 12 mil – será pago com recursos próprios. O instituto, porém, tem capital de apenas R$ 5 mil. Além da Bahia, ela registrou pesquisa de intenção de voto ao governo de Sergipe e duas amostragens à Presidência da República em ambos os estados – cada uma ao custo de R$ 12 mil, o que soma R$ 48 mil – quase dez vezes mais o valor do seu capital.

A pesquisa do instituto Opnus foi barrada pela Justiça após representação feita pela direção estadual do União Brasil, que apontou irregularidades na sondagem eleitoral, como a ausência de indicação de fonte pública dos dados utilizados. Agora o Opnus pretende divulgar o novo levantamento na próxima sexta-feira (5), dia em que o União Brasil oficializa a candidatura de ACM Neto a governador da Bahia.

Além disso, o União Brasil apontou na representação outras duas irregularidades. A primeira foi a discrepância entre o número de entrevistados pela pesquisa e a população das mesorregiões do estado, o que poderia apresentar resultado distorcido. A segunda foi que o estatístico que responde pelo levantamento não possui registro no Conselho Regional de Estatística da 5ª Região (Conre-5).

Outra empresa que pretende divulgar pesquisa no dia 5 é a Atlasintel, instituto que teve a divulgação do última sondagem eleitoral barrada pela Justiça por utilizar um formato de enquete digital, “sem seguir nenhum critério amostral, podendo pode ser direcionada, por exemplo, para listas de amigos de um determinado candidato”, conforme representação feita pelo União Brasil.


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