Por certo Luiz (filho de Luiz – um guerreiro intemerato) desejava ver, transmitidos ao seu filho, o “gene” do seu pai e, por isto, deu-lhe o prenome do semideus grego.
Perseu é um herói da mitologia grega, cujas lendas e aventuras têm encantado gerações ao longo dos séculos. É conhecido por sua coragem e habilidades excepcionais, enfrentando desafios extraordinários e triunfando sobre as adversidades. Na mitologia, é um semideus, mistura divino-humana característica de muitos dos heróis gregos, conferindo-lhes capacidades excepcionais e conexão direta com os deuses (fonte: Wikipédia, a Eciclopédia Livre).
Luiz, filho de Luiz, filhos ambos de Ipiaú, deram-nos, a nós, seus conterrâneos, um Perseu que, abraçando a vocação paterna, enveredou pela Medicina e, mais, tanto quanto aquele, Ortopédica.
Como o avô e pai, honrava e servia Ipiaú e nosso povo.
A fatalidade tirou-nos precocemente, há poucos anos, Luiz Andrade filho e, agora ela, a crueldade e a desumanidade arrancam, outra vez precocemente, Perseu de junto de nós.
Nenhum rio de lágrimas lavará nossa saudade, nossa tristeza, nossa frustração de sabermos que tanto bem que seria feito resta sofreado, que tantas vidas, tantos futuros que seriam mantidas e assegurados, restam sem esperança.
Ações, medidas policiais, repressivas, de nada adiantam nem adiantarão. Arrependimento de políticos, governantes, ministros de alguma corte, comentários condenatórios ou execuções, nada trará de volta Perseu e seus colegas tão barbaramente trucidados.
A nós, apenas lembranças e saudades e a esperança de que no mais curto espaço de tempo, este Brasil, este povo, estes governantes, tomem vergonha, para não se repetir, para não ocorrerem tragédias semelhantes a esta.
Condolências à família, a Ipiaú, ao Brasil e à Medicina.
José Carlos Britto de Lacerda é advogado
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