José Américo comenta a adesão ao uso de máscaras em Ipiaú

 

Cresce o número de pessoas usando máscaras e admitindo o isolamento social. Por força de Decreto de Lei, por medo do bicho invisível, pela vontade de continuar vivendo, o povo tá aderindo às mascaras, cobrindo o rosto, ficando em casa.

Ainda assim têm aqueles estupidamente teimosos que insistem em desafiar o perigo, meter o dedo no nariz, coçar os olhos, ser conivente com aglomerações de pessoas, mostrar a cara de pau, num exibicionismo cínico e pervertido.

As máscaras se multiplicam, indicam prudência, respeito ao próximo e a si mesmo. Sorrisos, bicos, batons, lábios pintados, narizes arrebitados, achatados, afilados, maquiagens, vaidades, tudo isso camuflado pela necessidade das máscaras.

Outra face. Disfarce de quem quer sobreviver. Súbita mudança de costumes, aflições, afeições… Reencontro com valores perdidos, “homens exilados em si mesmos”.

É para não ser massacrada que a humanidade está mascarada, comportada, adequada a um tempo diferente, sem festa, sem dança , com menos ganância. Entre a incerteza e a esperança. Quem viver verá que nada será como antes.

A diversidade das máscaras indica criatividade, arte, improviso. Elas se mostram em todas as cores, formatos, estampas. Pretas, vermelhas, brancas, coloridas, discretas, bizarras, atrevidas. Tem aquelas de oncinha, bolinhas, abelha, zebra, verdugo, bandoleiro… Algumas lembram múmias, ET´s, escafandristas e até apicultores. Estranhas criaturas em suas caricaturas compulsórias. Tem aquelas cirúrgicas, as N95, as de garrafa pet, umas mais leves, outras pesadas, todas grudadas nas caras.

Mascarados por todos os cantos, até dentro dos bancos. Não estranhem se reeditarem os Irmãos Metralhas, Fantasma, Batman, Homem Aranha, Zorro, heróis, anti-heróis, com mascaras adaptadas ao tempo da pandemia.

Do Oriente ao Ocidente, de Pequim a Nova York, do sul ao norte, de São Paulo a Ipiaú, em todos os lugares da Terra as máscaras prevalecem. Novo exercício de cidadania. Carrancas na luta contra o corona. Multidão buscando sobreviver.Prevenir é melhor que remediar. Eu não sou Neymar, mas também estou mascarado.

Por José Américo Castro


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